Portugal com 38 841 casos e mais um morto por covid-19
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreu mais uma pessoa e foram confirmados mais 377 casos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (20 de junho), no total, desde que a pandemia começou registaram-se 38 841 infetados, 24 906 recuperados (mais 429) e 1528 vítimas mortais no país.
Em comparação com os dados de sexta-feira, constatou-se um aumento de óbitos de 0,07%. Já os casos de infeção subiram 1%.
Dos 377 novos casos, 282 (ou seja, 75%) foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo, 59 no Alentejo, 19 no Algarve, 11 na região Centro e seis no Norte (onde se registou o único óbito das últimas 24 horas, um homem na faixa etária entre os 70 e os 79 anos). Açores e Madeira continuam sem alteração.
No Alentejo, há agora um foco ativo ligado a um lar de Reguengos de Monsaraz, tendo já sido detetado 56 casos (40 de utentes e 16 de funcionários).
Em relação ao boletim da véspera, mantém-se os mesmos 422 internados, havendo contudo mais três doentes de covid nos cuidados intensivos. São agora 70 nesta situação.
Aguardam resultado das análises 1771 pessoas (mais 241 que na véspera), havendo ainda 30 852 pessoas (mais 1806) em vigilância pelas autoridades de saúde.
O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 38% dos doentes), seguida da febre (28%) e de dores musculares (21%), segundo o boletim da DGS.
Mais de metade (53%) dos municípios portugueses dizem sentir falta de apoio do Governo central na resposta à pandemia de covid-19, de acordo com um estudo da agência YoungNetwork Group.
O inquérito 'online' realizado pela agência de comunicação internacional junto das 308 câmaras municipais do país, ao qual 90 deram "respostas válidas", mostra ainda que são as autarquias das regiões autónomas (60%) e da região Centro (59%) do país que mais dizem sentir falta de apoio do executivo central, enquanto no Norte as opiniões se dividem (50%) e apenas o Sul não nota tanto a falta de apoio (43%).
"Penso que este resultado tem a ver com a impreparação geral para uma situação como estas. Quer as autarquias, quer o Governo, ninguém estava preparado para lidar com a pandemia e tiveram de criar novos mecanismos de comunicação", analisou João Santos, diretor de operações da YoungNetwork e especialista em comunicação política, em conversa telefónica com a Lusa.
A pandemia do novo coronavírus está agora numa "fase nova e perigosa", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) esta sexta-feira, com o vírus a acelerar ao mesmo tempo que as pessoas se mostram cansadas dos isolamentos e quarentenas.
"O mundo está numa fase nova e perigosa. Muitas pessoas estão cansadas de estar em casa mas o vírus ainda está a espalhar-se rapidamente. Os países estão compreensivelmente ansiosos para abrir as sociedades e economias. Mas o vírus espalha-se, ainda é mortal e a maioria das pessoas ainda é suscetível", disse o líder da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa virtual, citado pela agência France-Presse.