Portas compara-se a personagem portuguesa de Tintim que vendia tudo

Vice-primeiro-ministro está em Maputo e afirmou que se sentiu "uma espécie de Oliveira da Figueira", numa alusão a uma das mais memoráveis personagens secundárias dos livros de Hergé.
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O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, comparou-se hoje a Oliveira da Figueira, o vendedor português criado por Hergé na série Tintim, que se tornou célebre por vender qualquer coisa em pleno deserto através da persuasão.

"Senti-me uma espécie de Oliveira da Figueira. Lembram-se de uma personagem do Tintim que vendia tudo nos mercados externos, tinha uma pasta e vendia uma série de produtos. Eu lembro-me do azeite português", afirmou Portas, durante a inauguração da Feira Internacional de Maputo (Facim), quando se referia, em declarações aos jornalistas, à sua assiduidade em eventos deste género.

Logo de seguida, o número dois do Governo acrescentou que, "sem ironia, ajudar a vender marcas portuguesas e bens portugueses é fazer um serviço à economia portuguesa".

Portas, que termina hoje uma curta deslocação a Maputo no âmbito do maior evento empresarial moçambicano, evitou comentar os dados revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a economia e desemprego, argumentando que, "mesmo quando as notícias são boas", deve abster-se de prestar declarações sobre a situação interna de Portugal nas visitas ao exterior.

"O crescimento está a crescer", disse apenas o governante sobre a subida de 1,5% do PIB no segundo trimestre de 2015 face ao período homólogo e da diminuição do desemprego em 0,2 pontos percentuais em julho face ao mês anterior para 12,1 por cento.

Ainda sobre as numerosas visitas de caráter empresarial, no âmbito da diplomacia económica, o vice-primeiro-ministro referiu-se ao período de crise em Portugal, para assinalar que as empresas foram "durante muito tempo a luz ao fundo do túnel" e que o seu dever era garantir uma retaguarda para o país por via das exportações.

"Agora que já superámos a crise, já temos crescimento, criação de emprego e investimento, lembremo-nos de que, durante muito tempo, só as exportações constituíam um indicador positivo", declarou, enfatizando que esta é a sua quarta presença consecutiva na Facim.

"Em 2016 o povo dirá", comentou, em alusão às eleições legislativas marcadas para 04 de outubro, às quais concorre enquanto líder do CDS em coligação com o PSD.

Portas, que se avistou hoje com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, durante a inauguração da Facim, salientou a importância crescente de Moçambique na internacionalização das empresas portuguesas, que mais do que duplicaram as vendas para este mercado nos últimos quatro anos.

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