Por que falharam Katy Perry e Gigi Hadid o desfile do ano?

O evento ficou marcado por notícias sobre vistos recusados
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O desfile anual da Victoria's Secret foi este ano na China pela primeira vez, mas um dos "anjos" da marca e uma das estrelas que deveria atuar ficaram de fora - a modelo Gigi Hadid e a cantora pop Katy Perry.

Num estádio de Xangai a abarrotar, o cantor britânico Harry Styles abriu um espetáculo de 45 minutos com cantores, dançarinos e as famosas modelos que desfilam com a lingerie exuberante da marca. O desfile anual é gravado e exibido depois em dezenas países e visto por milhões de pessoas.

O evento ficou marcado, no entanto, pela ausência de Hadid e notícias sobre vistos recusados por causa de problemas políticos. Perry e Hadid foram ambas criticadas na China: Perry por ter parecido mostrar apoio a Taiwan, num concerto de 2015, ao exibir a bandeira do território; Hadid por ter publicado um vídeo a segurar uma pequena estátua de um Buda enquanto fechava os olhos, o que muitos consideraram racista.

Apesar de não haver confirmação oficial sobre a recusa de vistos, um jornal estatal considerou que a confirmar-se esta versão, as estrelas foram as responsáveis, com o seu comportamento.

A questão exemplifica bem o dilema das marcas globais e artistas que querem expandir-se no enorme mercado chinês, já que enfrentam também regras de comportamento e políticas muitos mais rígidas do que no Ocidente. "As marcas têm de estar muito mais conscientes de temas politicamente ou moralmente sensíveis aqui", disse Ben Cavender, diretor do China Market Research Group, com sede em Xangai. "É um ambiente político muito diferente do que o dos seus mercados domésticos".

A China mantém um controlo rigoroso dos artistas que permite atuarem no país. Justin Bieber, Lady Gaga, Bjork e Bon Jovi estão todos banidos, por exemplo.

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