PCP diz que demissões não deviam começar por directores-gerais

<p>O PCP defendeu hoje, quarta-feira, que, a haver demissões pelos problemas ocorridos nas eleições de domingo, não devem começar pelos diretores-gerais, sublinhando a "responsabilidade política" do ministro da Administração Interna.</p>
Publicado a
Atualizado a

"A haver demissões neste caso, seguramente, não era de começar pelos diretores gerais", afirmou o deputado comunista António Filipe. Sem pedir abertamente a demissão do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, o deputado insistiu que "há uma responsabilidade política do ministro da Administração Interna e do Governo por tudo o que aconteceu e evidentemente que não faz sentido que só a nível administrativo é que sejam apuradas responsáveis".

"O problema que aconteceu no dia das eleições decorre de uma opção política e legislativa do Governo, que tem que ver com a forma ligeira com que foi lançado o cartão do cidadão, substituindo as bases de dados do recenseamento eleitoral e números de eleitor sem que os cidadãos tenham sido informados de qual o seu novo número de eleitor e sem terem qualquer documento que o comprovasse", argumentou.

Reconhecendo que não foi Rui Pereira quem lançou o cartão do cidadão, António Filipe sublinhou que "o actual ministro está em funções já há vários anos e, portanto, era conhecedor de todo o processo".  "Houve repetidos alertas, designadamente por parte do PCP, de que a forma como tinha sido eliminado o cartão de eleitor, sem que os cidadãos fossem informados da sua nova situação era susceptível de gerar situações de confusão no dia das eleições", afirmou.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt