"O Governo tem de atuar e tem de provocar" a demissão do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), defendeu o eurodeputado Paulo Rangel num artigo de opinião no jornal Público desta terça-feira.."O modo leviano e sobranceiro, verdadeiramente chocante, como o primeiro-ministro" qualificou o furto como "caso de polícia" na recente entrevista ao semanário Expresso, nas palavras do antigo ministro da Justiça, leva-o a argumentar que "já só sobra a esperança de que o Presidente da República - que aqui tem sido tão pertinaz - seja capaz de repor a credibilidade do Estado"..Paulo Rangel frisou que "a responsabilidade imediata" pelo ocorrido "repousa naturalmente" no CEME, "que incompreensivelmente se mantém em funções"..O furto nos paiós de Tancos ocorreu em junho de 2017. A PJ Militar tratou o caso como "um crime estritamente militar" mas a PJ disse suspeitar da prática de crimes relacionados com terrorismo para assumir a investigação, posição que o Ministério Público validou..Para Paulo Rangel, o facto de António Costa remeter o caso para a Procuradoria-Geral da República - responsável pela investigação criminal - tem uma explicação: "Claramente quer visar, para outros propósitos, a titular do cargo", Joana Marques Vidal (que está a terminar o seu mandato).