Paulo Portas, que hoje participou com o seu homólogo espanhol José Maria García-Margallo num encontro promovido pelo Nueva Economia Fórum, defendeu a diluição no tempo das maturidades dos empréstimos europeus..Questionado sobre a ampliação de prazos para o pagamento dos empréstimos europeus, Paulo Portas afirmou que o momento em que Bruxelas decidirá se aceita ou não diluir no tempo as maturidades dos empréstimos europeus a Portugal é "muito importante".."Estava uma excessiva concentração de reembolsos em 2014 e no ano seguinte. E se queremos ajudar os que cumprem, dar um premio aos que se esforçam, então pedimos aos nossos parceiros europeus para apoiar este pedido de extensão de maturidades", disse.."Porque isso vai ajudar a perceção que existe sobre a solvência do nosso caso. Isso vai ajudar o Estado e os bancos e as empresas a financiar-se autonomamente. E isso liberta recursos para a economia", afirmou..O chefe da diplomacia portuguesa considera que a margem de manobra de Portugal é a sua "credibilidade" e porque o país é "credível, cumpre o essencial" tem margem de manobra para pedir "este sinal de confiança e este prémio" aos parceiros europeus.."Por estar a realizar um esforço que é muito significativo. Porque a Europa precisa que os programas de ajuda funcionem. Não é só Portugal e a Irlanda que precisam que estes programas tenham êxito", disse ainda..Portas considerou que os "programas de assistência têm que ter em atenção a realidade económica e a sua evolução", tendo em conta a "deterioração das condições económicas na Europa, não apenas em Portugal e Espanha".."Isso tem que ser tido em conta, quando fazemos políticas económicas. Se há uma deterioração provavelmente não se pode fazer na mesma velocidade e temos que cuidar essas políticas para preservar o consenso social e não acentuar o cariz recessivo destes tempos. Isto é sabedoria básica", afirmou.