Passe único. Em 28 dias foram pedidos 30 mil cartões Lisboa Viva
Desde o primeiro dia de março até esta quinta-feira (dia 28) foram pedidos à OTLIS - a empresa que emite e gere o sistema Lisboa Viva - cerca de 30 mil cartões. Um indicador do que poderá ser o aumento na utilização de transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa a partir de 1 de abril, o dia em que entra em vigor o novo sistema de mobilidade e de tarifário, já que os atuais detentores deste cartão não precisam de mudar para usufruir da redução de preços.
De acordo com a informação adiantada ao DN por fonte oficial da empresa este número representa uma subida de 25% de requisição de novos cartões em relação ao período homólogo. Atualmente na Grande Lisboa utilizarão o transporte coletivo cerca de um milhão de pessoas.
Esta procura do cartão que vai dar acesso aos novos navegante municipal e metropolitano pode ser demonstrativo de que a redução do preço dos passes - o primeiro custa 30 euros e o segundo 40, existindo reduções para estudantes, reformados e pensionistas - poderá levar a uma maior utilização dos transportes públicos, o objetivo do Programa de Redução do Tarifário dos Transportes Públicos que se inicia na segunda-feira nas AM de Lisboa e Porto, ou seja ficará disponível para 85% da população nacional.
Na região de Lisboa, o navegante municipal dá acesso a todos os operadores de transportes em cada um dos 18 concelhos. Já a versão metropolitana (40 euros) possibilita que uma pessoa possa ir de Setúbal a Mafra - os extremos da AML - utilizando qualquer operador sem pagar mais. Em julho juntar-se-á, na Grande Lisboa, o passe família que possibilitará a um agregado pagar no máximo 80 euros (ou 60) independentemente do número de passes. Na AM Porto ainda não tem data definida para entrar em vigor.
A mudança que se inicia na segunda-feira foi considerada esta sexta-feira pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética como "a mais importante medida a favor do transporte coletivo desde que há memória", assegurando que em maio chegará "a todos os portugueses". "Esta é a mais importante medida a favor do transporte coletivo desde que há memória. Trata-se de uma drástica redução de tarifas", observou João Pedro Matos Fernandes, na cerimónia de assinatura dos Contratos do PART entre o Estado e a Área Metropolitana do Porto.