Passageiros no comboio e no metro mais que duplicam entre março e junho

Os números disparam no segundo trimestre mas estão ainda abaixo dos níveis pré-pandémia.
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A partir do início de abril, Portugal começou novamente a desconfinar, com a atividade dos transportes a ilustrar o regresso de, pelo menos, uma parte da população aos transportes públicos. Apesar de níveis muito acima do registado em 2020, o transporte ferroviário de passageiros ainda acusa a ausência de muitos utentes face aos níveis pré-pandémicos.

Entre abril e junho de 2021, e de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os comboios em Portugal transportaram quase 28,2 milhões de passageiros, mais 122% do que no mesmo período do ano passado. Cerca de metade do segundo trimestre do ano passado foi passado em regime de confinamento geral, após ter sido decretado o primeiro estado de emergência do pós-25 de Abril a 19 de março de 2020 , que foi renovado algumas vezes. Naquela altura, o transporte ferroviário transportou 12,6 milhões de pessoas.

No segundo trimestre deste ano - e tal como aconteceu no período homólogo de 2020 - os utentes que usaram este meio de transporte optaram sobretudo pelos comboios suburbanos, o que sugere a utilização do transporte ferroviário para pequenas deslocações. No final de março, foi anunciado o plano de desconfinamento e a partir de 5 de abril os alunos do segundo e do terceiro ciclos voltaram às aulas presenciais, tendo os outros níveis de ensino regressado progressivamente. Já o teletrabalho, sempre que as funções o permitam, foi obri- gatório até meados do trimestre, sendo que depois dependia da evolução epidemiológica de cada concelho.

Ainda assim, face a 2019, o número de passageiros continua abaixo. Pelos comboios passaram quase menos 35% de passageiros entre abril e junho deste ano, comparando com o que aconteceu no último ano antes da pandemia.

No metropolitano, a tendência é semelhante. Entre abril e junho deste ano foram transportados pouco mais de 32 milhões de passageiros, muito acima dos 16,2 milhões de pessoas movimentadas no período homólogo de 2020. Ainda assim, estes 32 milhões foram menos de metade das pessoas transportadas no segundo trimestre de 2019.

De abril a junho deste ano, dos três metropolitanos do país, o de Lisboa foi o que transportou mais passageiros: 19,2 milhões de pessoas, menos 58,5% do que no período pré-pandemia. O Metro do Porto transportou mais de 9,5 milhões de passageiros e, apesar de muito mais do que na mesma época de 2020, foram bastante menos do que em 2019 (-46,8%). O Metro Sul do Tejo transportou 3,2 milhões de passageiros e registou a menor redução face ao mesmo período pré-covid-19 (-21,6%).

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