Os líderes do bloco de economias emergentes BRICS, reunidos em Xiamen, leste da China, emitiram esta segunda-feira uma condenação conjunta ao teste nuclear realizado domingo pela Coreia do Norte.."Expressamos profunda preocupação com a atual tensão e prolongado conflito nuclear na península da Coreia", lê-se na declaração conjunta dos líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul..A questão nuclear da Coreia do Norte "deve ser resolvida unicamente mediante meios pacíficos e diálogo direto entre todas as partes implicadas", acrescenta..O sexto teste atómico realizado por Pyongyang foi também abordado no domingo, durante uma reunião entre os Presidentes da China e Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente..A China, por sua vez, admitiu não excluir a possibilidade de apoiar a ONU num embargo ao petróleo fornecido à Coreia do Norte e instou Pyongyang a "não escalar as tensões", com novos lançamentos de mísseis..A possibilidade de impor um veto às importações norte-coreanas de petróleo foi estudada pelos EUA e Japão, segundo informações divulgadas esta segunda-feira em Tóquio..Um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse que a resposta ao sexto ensaio atómico norte-coreano "depende das discussões entre os membros do Conselho de Segurança da ONU", mas não rejeitou a possibilidade de cortar o fornecimento de petróleo..Pequim é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial de Pyongyang. A China fornece mais de 80% do petróleo utilizado pela Coreia do Norte..A Coreia do Norte testou no domingo a sua bomba nuclear mais potente até à data, um artefacto termonuclear que segundo o regime de Pyongyang pode ser instalado num míssil intercontinental..A comunidade internacional condenou unanimemente o novo desenvolvimento de armamento norte-coreano. Seul e Tóquio pediram mais sanções ao regime de Kim Jong-un..O Conselho de Segurança da ONU prevê reunir-se hoje com o objetivo de analisar o novo teste nuclear norte-coreano.