O conforto e segurança do Lar marcam nova coleção de Alexandra Moura

As mantas e tapetes de casa. Os cortinados de cetim, os cadeirões de pele. E até os chinelos de casa. Tudo isso esteve nas propostas da criadora portuguesa na Semana da Moda de Milão.
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Após dois anos em que tanto tempo foi passado em casa, nada como levar o Lar Doce Lar para as passarelas. Foi isso que fez a criadora portuguesa Alexandra Moura, que ontem apresentou a sua nova coleção outono-inverno 2022/23 na Semana da Moda de Milão.

As mantas e tapetes de casa. Os cortinados de cetim, os cadeirões de pele. E até os chinelos de casa. Tudo isso esteve nas propostas da criadora, que fez uma "introspeção" acerca do que o lar representa para cada um de nós.

"Nos tempos em que vivemos, é no nosso lar que encontramos conforto e segurança. No nosso lar sabemos o que encontramos, sejam memórias ou objetos que nos acompanham ao longo da vida. É um mundo nosso onde podemos ser e estar como queremos. O conforto do vestir, do estar, do viver a casa", explicava a criadora em comunicado, ainda antes do desfile. "Nesta coleção, os prints desenvolvidos e os tecidos escolhidos remetem ao imaginário de cada um as referências dos vários elementos da memorabilia da casa", acrescentava.

O feltro borbotado, como os cobertores, tecidos com motivos de vaca, malhas tartan, transportam-nos às mantas e tapetes de casa. A presença dos cortinados em cetim, a napa que remete para os sofás de capitonê e cadeirões de pele, as malas que parecem almofadas, ajudam na composição. E ainda os chinelos de casa, que surgem na coleção ao lado de sapatos injetáveis carimbados.

Uma coleção que, segundo Alexandra Moura traz a "casa para fora, enquanto transporta de volta a um porto seguro e sintoniza os pequenos mundos".

Alexandra Moura, que habituou o seu público ao contrate entre o clássico e o urbano, voltou a fazê-lo nesta coleção, em que o lado mais urbano se descobre no uso das gangas e nas silhuetas alusivas ao vestuário mais desportivo.

A criadora portuguesa apresentou as suas propostas no mesmo dia em que Giorgio Armani e a Ferrari mostraram as suas coleções. A marca de carros de luxo fez a sua estreia em Milão, oito meses depois de seu estilista, Rocco Iannone, apresentar sua primeira coleção em Maranello, sede da lendária fábrica de automóveis da empresa. A Semana da Moda de Milão marcou o regresso dos grandes nomes da moda italiana (e não só) às passarelas daquela cidade, um evento há muito esperado pela indústria, enfraquecida após dois anos de pandemia.

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