Novo Governo de Putin. Só não muda Negócios Estrangeiros, Defesa e Finanças
A reformulação do Executivo surge após o anúncio de Putin sobre uma reforma constitucional encarada como uma tentativa de manter a influência no país após o fim do seu mandato presidencial, em 2024.
Logo após o anúncio das alterações à Constituição, Putin demitiu o seu primeiro-ministro Dmitri Medvedev, em funções há oito anos, e designou em sua substituição o economista Mikhail Mishustin, até agora diretor da autoridade tributária.
Putin emitiu esta terça-feira um decreto que revela a estrutura do novo gabinete e designa os seus membros.
O seu conselheiro económico Andrei Belousov vai ocupar o cargo de vice-primeiro-ministro, enquanto o chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o ministro das Finanças, Anton Siluanov mantêm os seus cargos. No entanto, Siluanov abandona a pasta de vice-primeiro-ministro, que acumulava no anterior executivo.
Diversos aliados de Medvedev perderam os lugares que ocupavam.
Entre os dez novos ministros, destacam-se os responsáveis da Economia, Trabalho, Saúde e Comunicações. Também abandonaram o Governo os ministros da Construção e Obras públicas, Educação, Ciência e Ensino Superior, Justiça, Desporto, Oriente longínquo e Ártico, e Cultura.
Putin encontrou-se de imediato com o novo gabinete e referiu-se a uma opção "equilibrada".
Ao lado do novo primeiro-ministro, e de acordo com as imagens transmitidas pela televisão, o Presidente russo desejou "um sincero sucesso a todos (...), todo o país tem esse interesse".