Mundo do espetáculo chora a morte de Maria João Abreu. "Portugal perde uma joia"
Maria João Abreu morreu esta quinta-feira, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde estava internada desde 30 de abril, com diagnóstico de rotura de aneurisma cerebral, depois de se ter sentido indisposta e de ter desmaiado durante as gravações da telenovela "A Serra", em exibição na SIC.
Nascida em Lisboa, a 14 de abril de 1964, Maria João Gonçalves Abreu Soares iniciou a carreira profissional no teatro, mas foi a televisão que lhe granjeou a popularidade, com a produções como "Médico de família".
O Teatro Aberto, onde Maria João Abreu trabalhou pela primeira vez em 1995, numa encenação de José Carretas, recebeu "com profunda tristeza" a notícia da morte da atriz, "talentosa, trabalhadora, que contagiava de alegria e energia todas as pessoas com quem trabalhava".
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O teatro da Praça de Espanha recordou que, "em 1996, João Lourenço convidou-a para trabalhar consigo na peça 'As Presidentes', de Werner Schwab, ao lado de Irene Cruz e Anna Paula". "Mais recentemente, em 2015, voltou a colaborar com o Teatro Aberto no espetáculo 'Boas Pessoas', de David Lindsay-Abaire, com encenação de Marta Dias", lê-se na publicação partilhada na conta oficial do Teatro Aberto no Facebook.
O Teatro Nacional D. Maria II, também no Facebook, considera que o nome de Maria João Abreu, "uma das atrizes mais acarinhadas pelo público português", "ficará para sempre inscrito na memória do teatro e na cena artística nacional".
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O diretor artístico do D. Maria II, Tiago Rodrigues, fala numa "profunda tristeza", mas também numa "enorme gratidão": "Por termos sido bafejados pelo seu talento e generosidade".
Na mesma rede social, o Teatro Municipal São Luiz refere que "todas as palavras não chegam para falar da enorme atriz que foi" Maria João Abreu.
"Que sorte a nossa que a tivemos no teatro português, que tristeza a nossa por ter partido tão cedo. A toda a sua família, um sentido abraço. Todos os que fizemos teatro com a Maria João, todos os que a vimos no palco e na televisão, todos os que a conhecemos, estamos de luto", lê-se na publicação.
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Embora tenha trabalhado sobretudo em Teatro e em Televisão, Maria João Abreu passou também pelo Cinema, estreando-se em 1999, com o filme "António um rapaz de Lisboa", de Jorge Silva Melo.
A Academia Portuguesa de Cinema elenca os filmes cujos elencos a atriz integrou e partilha o "choque" e "profunda tristeza" pela morte da atriz.
Um dos realizadores com quem trabalhou, Vicente Alves do Ó ("Florbela", 2012), recorda uma "mulher maravilhosa e um talento gigante". Para o realizador, "hoje é um dia muito triste para Portugal", que "perde uma joia".
A Casa do Artista fala num dia "tão triste" e agradece a Maria João Abreu "por todo o talento e pelo legado" deixado àquela instituição e à comunidade artística.
Também a Câmara Municipal de Lisboa, cidade onde nasceu, lamenta "profundamente a morte precoce e súbita" da atriz.
A televisão foi o meio em que Maria João Abreu mais trabalhou e que lhe deu maior visibilidade, tendo participado em mais de 60 programas, entre telefilmes, séries e telenovelas.
Inúmeros colegas de profissão de Maria João Abreu, vários com quem trabalhou em telenovelas e séries de televisão, usaram também as suas contas nas redes sociais, nomeadamente no Instagram, para partilharem a estima que tinham pela atriz.
Entre os atores e atrizes contam-se Diogo Infante, João Baião, Isabel Abreu, Paulo Pires, Inês Herédia, Melania Gomes, Lourenço Ortigão, Sofia Nicholson, Sara Prata, Albano Jerónimo, Fernanda Serrano, João Maneira, Ana Marta Ferreira, António Camelier, Fernando Luís, António Pedro Cerdeira, Júlia Palha, Bárbara Lourenço, Sofia Arruda, Dalila Carmo, Nuno Lopes ou Jessica Athayde.