"Foi já instaurado o competente inquérito nos serviços do Ministério Público de Carrazeda de Ansiães", afirma a PGR, em resposta escrita à Lusa..Três trabalhadores da barragem do Tua morreram na quinta-feira, na sequência de um deslizamento de terras nas obras que estão a decorrer junto à Foz do Tua..A EDP acionou de imediato o Plano de Emergência e decidiu abrir um inquérito ao deslizamento de terras que provocou a morte a três trabalhadores, disse o seu administrador António Ferreira da Costa..O agrupamento de empresas que está a construir a barragem de Foz Tua excluiu qualquer cenário de desrespeito pelas normas de segurança..Em comunicado, a administração do agrupamento complementar de empresas Barragem de Foz Tua referiu também, na quinta-feira, que o acidente foi provocado "pelo desprendimento súbito e inesperado de um maciço rochoso" e garante que a equipa de trabalho estava a cumprir "todos os normativos relacionados com os regulamentos de segurança previstos na Lei"..O secretário de Estado do Ambiente garantiu, no mesmo dia, em Alijó, que o governo "tudo fará" para que "as medidas adequadas possam ser implementadas" para evitar acidentes como o que vitimou três operários da Barragem de Foz Tua. .O dirigente da Quercus João Branco defendeu, por seu lado, uma investigação do Ministério Público à derrocada nas obras da Barragem, considerando que existem razões para ser aberto um processo-crime.."Acho que não se pode descartar a negligência criminosa. Houve três mortes e o Ministério Público devia investigar a ocorrência destas mortes, para que a culpa não morra solteira", salientou o dirigente da Quercus, associação que desde o início do processo tem mostrado a sua oposição à obra por razões ambientais e também por causa da destruição da linha ferroviária do Tua.. Até à conclusão do inquérito, os trabalhos no local do acidente vão manter-se suspensos, embora se mantenham nas restantes zonas.