Segundo o portal de notícias G1, que teve acesso ao documento assinado e enviado pelo presidente do conselho, Júnior Hekurari Yanomami, as crianças morreram em duas áreas distintas da reserva..O documento também pediu o envio de profissionais de saúde ao Território Indígena Yanomami, localizado nos estados de Roraima e Amazonas, na região amazónica..Em resposta ao G1, o Ministério da Saúde informou que recebeu do Condisi-YY a comunicação das mortes e que "está a verificar junto do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami a veracidade das informações"..O Governo brasileiro acrescentou: "O Distrito Sanitário Especial Indígena encaminhou uma equipa para os locais para averiguar a situação, mas ressalta que, até ao momento, os óbitos não foram confirmados para covid-19"..De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), já foram confirmados 47.148 casos de covid-19 e 940 mortes causadas pela doença entre indígenas em todo o país..O relato sobre as mortes suspeitas das crianças no Território Yanomami acontece no mesmo momento em que o sistema de saúde do estado do Amazonas entrou em colapso em razão da alta de casos e mortes provocadas pela covid-19..O Amazonas também regista o crescimento da circulação de uma nova estirpe do vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, detetada pela primeira vez em viajantes japoneses que passaram por Manaus, capital regional do estado, em dezembro, designada pelos cientistas como B.1.1.28.1 ou P.1..A nova variante preocupa autoridades de saúde porque as mutações que sofreu se assemelham às características de estirpes mais infecciosas que surgiram no Reino Unido e na África do Sul..O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar 220.161 mortos e mais de 8,9 milhões de casos da doença..A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.176.000 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP..A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.