Morte, prisão ou exílio:o trágico destino dos opositores ao regime
Os críticos do regime de Vladimir Putin têm pago a sua "ousadia" com a cadeia, o exílio ou a morte. Os defensores do presidente russo negam que ele esteja relacionado com o desaparecimento dos opositores, mas outros há que lhe apontam o dedo e confidenciam tratar-se de uma prática que vem dos anos 90, quando Putin assumiu a chefia do KGB por decisão do então presidente Boris Ieltsin.
A presidência de Putin, que começa oficialmente com a sua eleição em março de 2000, é marcada pela mortífera guerra da Chechénia, invadida pelas tropas russas em 1999. De abril de 2000 a março de 2002, pelo menos cinco jornalistas que criticam a guerra ou relatam o que se passa na frente de batalha, são abatidos a tiro não na guerra mas na sua cidade.
Em abril de 2003, Serguei Yushenkov é morto a tiro à entrada do edifício de apartamentos onde reside em Moscovo. O líder do partido Rússia Liberal chefiava a Comissão Kovalev que investigava se os atentados de Moscovo, em setembro de 1999 e que fizeram mais de 200 mortos, teriam sido obra do FSB (sucessor do KGB) para justificar a guerra na Chechénia. Esta investigação informal fora decidida após ter falhado uma outra, realizada pelo parlamento.