Morreu Peter Brook, ícone do teatro britânico
O diretor de teatro Peter Brook, radicado em França e que revolucionou o palco com interpretações radicais dos clássicos, antes de devolver o drama às suas raízes mais simples, morreu aos 97 anos de idade. Era considerado um dos maiores nomes do teatro contemporâneo.
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Brook, nascido no Reino Unido, mas residente em França há várias décadas, morreu no sábado, disse à AFP uma fonte próxima ao diretor, que pediu para não ser identificada.
Peter Stephen Paul Brook estudou no Magdalen College, na Universidade de Oxford e era um dos mais respeitados profissionais de teatro da atualidade. Começou a interessar-se por teatro ainda na universidade, influenciado pelo trabalho de dramaturgos como Bertolt Brecht e Antonin Artaud.
Fez sucesso a partir de 1955, quando dirigiu o ator Laurence Olivier na montagem de Titus Andronicus, de Shakespeare. A partir de 1962, tornou-se co-diretor da Royal Shakespeare Company, ao lado de Peter Hall.
Nos anos 70, fundou em Paris o Centro de Pesquisa Teatral. A sua carreira foi marcada pela encenação de peças no circuito teatral nova-iorquino do West End e da Broadway, além de em Paris e Londres. Levou o teatro e a literatura para o cinema com A Sombra da Forca (1953), peça de John Gay, Moderato Cantabile (1960), romance de Marguerite Duras, e O Senhor das Moscas (1962), romance de William Golding. Em 1966 encenou Marat-Sade, de Peter Weiss, cuja filmagem também dirigiu.