Missouri, nos EUA, processa China e pede milhões pela má gestão do vírus

A ação acusa as autoridades chinesas de terem levado a cabo uma "terrível campanha de engano, ocultação, improbidade e inação" para encobrir os perigos da covid-19.
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O estado do Missouri, nos EUA, entrou com uma ação legal contra a China, que culpa pela má gestão do vírus que teve origem no país. Pede milhões de dólares por danos causados à sua economia.

Na ação, que deu entrada na terça, o estado norte-americano alega que a resposta da China ao novo coronavírus provocou uma pandemia global e levou a uma devastação económica no estado.

A ação, que deu entrada no tribunal federal pelo procurador-geral do estado, Eric Schmitt, acusa as autoridades chinesas de terem levado a cabo uma "terrível campanha de engano, ocultação, improbidade e inação" para encobrir os perigos do vírus, e afirma que essas mesmas autoridades são responsáveis "pela enorme taxa de mortes, sofrimento e perdas económicas que infligiram ao mundo", incluindo milhões de dólares em perdas económicas para os residentes do Missouri, cita o New York Times.

A China tem rejeitado qualquer pedido de compensação depois de Donald Trump afirmar que o país devia sofrer as consequências, caso fosse "conscientemente responsável" pela pandemia.

"O vírus é um inimigo comum a toda a humanidade e pode atacar a qualquer hora e em qualquer lugar", disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, na segunda-feira.

"Como outros países, a China também é uma vítima, não um perpetrador, e muito menos um cúmplice da covid-19".

O Missouri é o primeiro estado do país a entrar com uma ação contra a China pelas ações relacionadas com a doença, mas será difícil alcançar sucesso na justiça.

A lei norte-americana concede aos governos estrangeiros ampla imunidade no âmbito da jurisdição civil dos tribunais dos EUA.

"Os tribunais não podem julgar reivindicações contra governos estrangeiros pelas suas más decisões políticas, mesmo que essas más decisões tenham consequências catastróficas ", disse Chimène Keitner, professora de direito internacional da Universidade da Califórnia.

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