Mário Nogueira falava à agência Lusa, hoje de manhã, momentos antes de se reunir com os professores do Agrupamento de Escolas Cidade Castelo Branco e da Escola Secundária Nuno Álvares, na capital de distrito..O secretário-geral da Fenprof anunciou que "no distrito de Castelo Branco a criação dos mega-agrupamentos pode ser arrasadora, do ponto de vista do emprego".."Estamos a falar em cerca de uma centena de lugares para professores que desaparecem. A intenção do Ministério da Educação e deste Governo é por na rua as pessoas", acusou Mário Nogueira..O dirigente sindical considerou ainda "um escândalo, do ponto de vista pedagógico e organizacional das escolas", a criação das novas estruturas..Mário Nogueira recordou que o próprio Conselho Nacional de Educação "publicou uma recomendação, na qual refere que os mega-agrupamentos não só trouxeram problemas novos para as escolas, como agravaram os que já existiam"..No entender de Mário Nogueira, a criação dos mega-agrupamentos no distrito de Castelo Branco é um processo que ainda pode ser alterado.."Este é o exemplo do que não deve ser feito e que o PSD e o CDS quando eram oposição criticaram", disse..Mário Nogueira considerou que "a criação destas estruturas no distrito de Castelo Branco foi feito contra a opinião das comunidades educativas, pais, famílias e municípios"..No distrito foram criados pela tutela três novas unidades orgânicas: Agrupamento Nuno Álvares, em Castelo Branco (agrega os agrupamentos Cidade de Castelo Branco e Faria Vasconcelos com a Secundária Nuno Álvares -- 2.627 alunos), Agrupamento Amato Lusitano, também na capital de distrito, (reúne o Agrupamento de Escolas João Roiz com a Secundária Amato Lusitano - cerca de 1.800 alunos) e, na Covilhã, uma estrutura que agrega os agrupamentos Escolas Paúl e Entre Ribeiras, Escolas do Tortosendo e a Secundária Frei Heitor Pinto, num total de 1.600 alunos.