Marechal al-Sissi tomou posse como presidente do Egito
Numa cerimónia perante o Tribunal Constitucional e transmitida pela televisão, o marechal jurou, "em nome de Deus, respeitar a lei e a Constituição" egípcias e preservar a independência da nação e a sua integridade territorial.
O marechal na reforma Al-Sissi ganhou as presidenciais, realizadas em 26, 27 e 28 de maio, com 96,9% dos votos expressos, mas apenas 47,5% dos eleitores inscritos votou e o poder que dirige "de facto" desde o golpe de Estado contra Morsi, a 03 de junho de 2013, eliminou toda a oposição, islamita, liberal ou laica.
Depois de ter derrubado Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, Al-Sissi - então chefe do exército - criou um governo interino, que instalou uma implacável e sangrenta repressão dos apoiantes de Morsi, em particular da confraria islamita Irmandade Muçulmana, que venceu todas as eleições desde a queda de Hosni Mubarak, no início de 2011.
Em algumas semanas, mais de 1.400 manifestantes pró-Morsi foram mortos pelas balas de soldados e polícias, e mais de 15 mil membros da Irmandade Muçulmana foram detidos. A confraria, proibida e decretada "organização terrorista", apelou ao boicote das presidenciais.