Marcelo escusa-se a comentar desenvovimentos na operação Lex
"Como sabem, eu nunca comento, porque o Presidente da República não podem nem deve comentar casos específicos de justiça, mas pode dizer uma coisa, que já disse várias vezes e hoje repito: fico feliz por, durante o meu mandato, ter sido possível assistir, qualquer que seja o veredicto final -- e como sabem não há decisão final ate trânsito em julgado --, a passos da justiça portuguesa em inúmeros casos relevantes em termos de preocupação da opinião pública ou de reflexos sociais", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em Olhão.
À margem da inauguração de uma escola na cidade e antes de jantar com os autarcas do Algarve, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que "foi assim na operação Marquês, no caso BES, em Tancos, está a ser agora no caso da operação Lex, e em múltiplos casos".
Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se por não se terem confirmado os temores de quem "temia que em casos mais complexos, como megaprocessos, ou em casos mais sensíveis, a justiça estava bloqueada, não ia avançar porque não podia, não queria ou não era capaz", situação que, a verificar-se, seroa "um mau sinal" para o estado de direito.
"Eu como presidente da República fico feliz - independentemente do que suceda depois na tramitação destes processos - por se poder demonstrar que as instituições judiciárias -- como as educativas, as sanitárias e as de solidariedade social -- estão a fazer tudo para corresponder aquilo que é uma exigência dos cidadãos e do estado de direito democrático, que é que haja justiça e haja justiça o mais rápido possível", acrescentou.
Instado pelos jornalistas a comentar a retirada dos nomes do António Costa, primeiro-ministro, e Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, da lista de honra da recandidatura de Luis Filipe Vieira à presidência do Benfica, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu disse "não comentar casos de justiça" e não ter "nada a dizer sobre essa matéria"