64,3% dos novos casos em Lisboa e Vale do Tejo

Dados da DGS indicam que estão internadas menos duas pessoas com covid-19, mas há mais cinco em unidades de cuidados intensivos.
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Portugal registou, nas últimas 24 horas 1183 novos casos de covid-19, segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório diário indica também que morreu mais uma pessoa devido à infeção pelo novo coronavírus.

Há agora 389 doentes com covid-19 internados, menos dois do que na sexta-feira, sendo que 99 estão em unidades de cuidados intensivos, ou seja mais cinco do que há 24 horas.

Registam-se também mais 298 casos ativos, num universo de 27 723, e há mais 884 recuperados da doença. No que diz respeito aos contactos em vigilância o número cifra-se em 1 026 novas pessoas a seguir pelas autoridades de saúde.

Embora seja uma das regiões que não apresenta um dos maiores números de casos, foi no Algarve que se registou um morto e 71 novos casos de covid-19. A região de Lisboa e Vale do Tejo, que se encontra numa espécie de cerca sanitária ao fim de semana, é aquela que continua a manter o nível mais alto de novas infeções, que nas últimas 24 horas subiram para as 761. O número de novos casos em Lisboa e Vale do Tejo representa 64,3% dos novos casos.

A região do norte fica-se pelos 181 novos casos, a do centro nos 87 e a do Alentejo nos 36. No arquipélago dos Açores registaram-se mas 37 casos e na região autónoma da Madeira apenas 10.

A Comissão Organizadora da Marcha Orgulho LGBTI+ de Lisboa decidiu cancelar a marcha deste sábado, depois da Direção -Geral de Saúde ter considerado que não existiam condições para a sua realização devido às condições epidemiológicas na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Num post publicado no Facebook, a ILGA cita o parecer da DGS: "face às condições epidemiológicas conhecidas, à data na região de Lisboa e Vale do Tejo, que sofreram um agravamento recente e significativo, esta Comissão Técnica considera que não existem condições para que o evento se realize com as condições sanitárias necessárias à proteção tanto dos participantes, organizadores bem como de todas as pessoas que possam assistir à Marcha e estejam solidárias com a sua causa. Deste modo desaconselha-se a realização do evento na data prevista, e recomenda-se o seu adiamento para data posterior, na qual a situação pandémica seja mais favorável."

A ILGA diz reconhecer a validade do parecer e admite que também existiram um crescente número de apelos para que a marcha fosse cancelada por parte de pessoas manifestantes residentes fora da Área Metropolitana de Lisboa.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) criticou entretanto a "apatia" no planeamento da resposta à covid-19 e responsabilizou o Governo pelas consequências do agravamento da pandemia na área metropolitana de Lisboa sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Num comunicado enviado às redações, a comissão executiva da FNAM lembrou a "necessidade urgente de reforço dos recursos do SNS" e disse ser "incompreensível" que o Ministério da Saúde não tenha avançado com medidas ou respostas às propostas da entidade sobre a recuperação da atividade assistencial e a valorização dos profissionais, condenando "a total ausência de medidas de planeamento e prevenção".

A capital da Rússia, Moscou, registrou no sábado 9.120 novas infecções por coronavírus em 24 horas, um segundo novo recorde diário consecutivo, de acordo com dados do governo.

O recorde superou o total de 9.056 novas infecções na sexta-feira, de acordo com estatísticas publicadas no site stopcoronavirus.rf. O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, admitiu que o surto na cidade se deve à variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia.

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