Internamentos descem abaixo dos 500. R(t) volta a subir
Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 663 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório diário desta quarta-feira (7 de abril) refere também que morreram mais três pessoas devido à infeção provocada pelo novo coronavírus.
Nos hospitais portugueses estão internados 488 doentes com covid-19, dos quais 116 em unidades de cuidados intensivos, indica a autoridade de saúde.
Os internamentos desceram assim da fasquia das 500 pessoas, com menos 16 do que na terça-feira, embora com mais três em cuidados intensivos.
O boletim da DGS indica que há agora 757 recuperados, num universo total de 782 294 pessoas. Em situação de vigilância estão agora mais 945 contactos e há menos 97 casos ativos.
Dado relevante é a subida do R(t), o índice de transmissão da doença, para 1,01 em todo o território, sendo que no continente é agora de 1,02. Este é um dos parâmetros para avaliar o processo de desconfinamento do país, sendo que no boletim de ontem era de 0,98 em todo o território e de 1,00 no continente.
A taxa de incidência no território nacional também subiu sendo de 64,3 casos por 100 mil habitantes (era de 62,8 no boletim de terça-feira) e de 62,5 casos por 100 mil habitantes no continente (era de 60,9).
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que apresenta mais casos novos de infeção, 262 esta quarta-feira e as três mortes registadas. A região norte tem 182 novos casos; a do centro mais 71, o Alentejo mais 32 e o Algarve mais 46 novos casos de covid-19.
Atualização dos dados da pandemia em Portugal numa altura em que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca volta a estar no centro das atenções, estando prevista para esta tarde a posição oficial da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) sobre o fármaco e a relação com os casos de coágulos sanguíneos.
Na segunda-feira, em declarações ao jornal italiano Il Messaggero, o responsável pela estratégia de vacinação da EMA, Marco Cavaleri, considerou "evidente" a ligação entre a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a ocorrência de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Nesta quarta-feira, a EMA fez saber, entretanto, que vai investigar se os ensaios da vacina russa Sputnik V respeitaram padrões científicos e éticos apropriados.
A investigação, que terá início na próxima semana, responde à preocupação do regulador europeu sobre a possibilidade de esses ensaios não obedecerem às "boas práticas clínicas", refere o Financial Times.
Em Portugal, 6% da população tem a vacinação completa (579 069), ou seja, já tomou as duas doses de uma vacina contra a covid-19, refere o relatório de vacinação divulgado esta terça-feira pela DGS. Face à semana anterior, mais 83 652 receberam a segunda dose.
Paralelamente, já 1 334 338 pessoas (13% da população) foi vacinada com pelo menos uma dose, o que significa que desde a semana passada receberam a primeira dose mais 135 736 cidadãos.
Em termos percentuais e absolutos, o grupo etário mais vacinado é o de pessoas com mais de 80 anos. 576 599 (85%) já tomaram pelo menos a primeira dose e 298 862 (44%) já tem a vacinação completa.