Internamentos aumentam num dia com 25 mortes
Foram confirmados, em 24 horas, 8 833 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), publicado esta quarta-feira (2 de março). Há a registar mais 25 mortes associadas à doença.
Relatório diário indica que há agora 1400 pessoas internadas devido à covid-19, das quais 90 estão em unidades de cuidados intensivos.
Com esta atualização, Portugal tem, atualmente, 8 129 casos ativos da doença. Também nas últimas 24 horas recuperaram da doença 679 pessoas.
Na matriz de risco, e de acordo com os dados disponibilizados pela DGS, a Incidência é de 1638,1 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes a nível nacional. No continente o número é de 1557,3 casos de infeção por 100 000 habitantes.
Já o R(t) nacional é de 0,76 e no continente é de 0,75.
No dia em que faz dois anos que foi confirmado o primeiro diagnóstico de covid-19 em Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai condecorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a mais elevada Ordem Honorífica nacional devido aos atos e serviços prestados, em particular durante a pandemia de covid-19.
De acordo com o sítio oficial da Presidência da República, esta condecoração do SNS como Membro Honorário da antiga Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito vai acontecer nesta quarta-feira, dia em que se assinala o segundo aniversário do primeiro caso de covid-19 registado em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca os "atos e serviços excecionais prestados, em particular durante a pandemia a Portugal, aos portugueses e a outros cidadãos" pelo SNS e a "abnegação e sacrifício" dos seus profissionais de saúde.
Dois anos depois da pandemia ter chegado a Portugal - os primeiros casos de infeção foram registados em 2 de março de 2020 -, especialistas ouvidos pela Lusa coincidem na previsão de que a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 passará a ser sazonal, com eventuais picos no inverno.
"Trata-se de um vírus respiratório, portanto, dentro das nossas condições de clima, é expectável que tenha melhores condições de transmissão no inverno. A sazonalidade será expectável", adianta o investigador Miguel Castanho, para quem estes picos de inverno devem ser, porém, de "muito menor intensidade" do que os anteriores.
Na mesma linha, o virologista Pedro Simas prevê que "tudo indica que o SARS-CoV-2 irá provocar ondas sazonais de infeção associadas a doença designada de constipação comum", a não ser que surja uma vacina que confira proteção acima dos 90% contra a infeção e que seja duradoura.