Mais 619 mortes. Espanha volta a aumentar número de óbitos por covid-19
São mais 619 mortes e 4167 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, em Espanha, nas últimas 24 horas. O país tem agora, no total, 16 972 vitimas mortais, 166 019 infetados e 62 391 recuperados, segundo os dados divulgados pelo ministério da Saúde espanhol, este domingo (dia 12).
Depois de semanas particularmente difíceis com um aumento exponencial do número de casos e de mortes que obrigaram as autoridades de saúde a improvisarem hospitais e morgues, Espanha estava a diminuir, pelo terceiro dia consecutivo, os novos óbitos. Esta sábado, tinham sido registadas 510 mortes. Apesar de haver também no país cada vez mais curados (38% do total de infetados).
Por cada milhão de habitantes, Espanha teve, até agora, 355 mortes e 3 487 casos positivos, enquanto Portugal, tem 46 e 1 568, respetivamente.
A região com mais casos positivos é a de Madrid, com 46 587 infetados e 6 278 mortos, seguida pela da Catalunha (34 027 e 3442), a de Castela-Mancha (13 698 e 1 543), a de Castela e Leão (12 118 e 1 221) e a do País Basco (10 772 e 804).
As autoridades espanholas consideram que o pico da pandemia já foi atingido, mas decidiram prolongar o atual estado de emergência com fortes restrições ao movimento de pessoas até ao próximo dia 25 de abril e já anunciaram que irão aprovar uma nova prorrogação a seguir a essa data.
Na mesma linha de ação, o governo espanhol decidiu voltar a decretar até às 24:00 de 25 de abril o controlo nas fronteiras terrestres do país com Portugal e França, em vigor desde 17 de março. O Ministério do Interior (Administração Interna) espanhol adverte em comunicado de imprensa que a ordem "está sujeita a novas prorrogações, se necessário".
Espanha é - neste momento - o segundo país do mundo com o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus, ficando apenas atrás dos Estados Unidos (533 115 infetados). E é a terceira nação com mais mortes, depois de Itália (19 468) e dos Estados Unidos (20 580).
Por acreditarem que o pico da doença já foi ultrapassado, o governo alterou as indicações sobre a possibilidade de ir trabalhar. A partir desta segunda-feira, regressam ao trabalho todos os que não o podem fazer a partir de casa ou que não asseguram a produção e os serviços de primeira necessidade ou essenciais - que nunca foram interrompidos.
No mesmo dia, as forças de segurança vão distribuir em todo o país 10 milhões de máscaras aos trabalhadores que retomam a sua atividade, passadas duas semanas. A distribuição será feita em estações de comboio, metro e autocarros, como medida de proteção para viagens até ao local de trabalho.