Há mais 34 mortes e 444 casos de covid-19. Aumento de 1,2%

Há a registar 1228 casos de pessoas que recuperaram da doença, mais 27 do que ontem. A faixa etária mais afetada pela doença é agora a dos 50 aos 59 anos
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Há mais 34 mortes a registar em Portugal devido ao novo coronavírus, dados referentes às últimas 24 horas em Portugal. São agora 854 os óbitos devido à covid-19 em Portugal.

Registaram-se também mais 444 casos de infeção, um aumento de 1,2 % em relação a quinta-feira.

São agora 22 797 casos confirmados de covid-19 no total. Há a registar 1228 casos de pessoas que recuperaram da doença, mais 27 do que ontem.

Desde 1 de janeiro, Portugal tem um total de 227393 de casos suspeitos da doença e um total de 200219 de casos não confirmados. São 4377 os casos que aguardam resultado laboratorial para confirmar, ou não, a infeção por covid-19.

Há ainda a registar 29621 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (491), seguida da região Centro (183), de Lisboa e Vale Tejo (160), do Algarve (11), dos Açores (8) e do Alentejo, que regista um morto, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quinta-feira.

Das mortes registadas, 574 tinham mais de 80 anos, 174 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 75 entre os 60 e 69 anos, 22 entre 50 e 59 e nove entre os 40 e os 49.

Do total das pessoas infetadas, a grande maioria está a recuperar em casa, totalizando 19.647 (mais 410).

Os dados adiantam que 1.068 estão internadas, menos 27 do que na quinta-feira (- 2,5%), e 188 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, menos 16, o que representa uma diminuição de 7,9%.

Já não são os idosos a faixa etária mais afetada

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (3.880), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (3.830) e das pessoas com mais de 80 anos (3.489 casos).

Há ainda 3.189 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 2.723 entre os 60 e 69 anos, 2.608 entre os 20 e os 29 anos e 2.047 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 360 casos de crianças até aos nove anos e 671 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 171 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 130 de França, 87 do Reino Unido. Há ainda centenas de casos importados de dezenas de outros países.

De acordo com o boletim, 50% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 36% febre, 26% dores musculares, 24% cefaleia, 20% fraqueza generalizada e 14% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 80% dos casos confirmados.

Proibidas deslocações no fim de semana do 1.º de maio

António Costa anunciou esta sexta-feira que no fim de semana prolongado do 1.º de Maio serão proibidas as deslocações entre concelhos, tal como aconteceu na Páscoa. "O fim dos estado de emergência não é o fim do estado de confinamento", frisou o primeiro-ministro no final de um encontro com a Confederação do Comércio e Serviço de Portugal.

"O Governo irá decretar para o próximo fim de semana, a mesma norma que decretou para o período da Páscoa, com proibição de deslocações entre concelhos", assumiu o primeiro-ministro. "Cada vez que ganhamos na contenção, estamos a ganhar no combate à covid-19", disse.

O primeiro-ministro afirmou também que no próximo Conselho de Ministros, de 30 de abril, serão decididas as normas de desconfinamento para os setores de atividade e que entrarão em vigor de 15 em 15 dias. Ou seja, os setores vão abrir progressivamente, a 4 de maio, 18 de maio e 1 de junho.

Já foram feitos mais de 17 mil testes em lares de idosos

As autoridades pretendem atingir os 70 mil em maio, anunciou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A nota indica ainda que já foram testadas cerca de duas centenas de instituições em todo o país.

Na quinta-feira, a Diretora-Geral da Saúde disse que das 820 mortes associadas à covid-19 registadas em Portugal, 327 ocorreram em lares de idosos.

Segundo a diretora-geral da Saúde, a percentagem de casos de covid-19 na população mais idosa que vive em lares "é relativamente pequena", lembrando, contudo, que esses espaços têm uma grande concentração de pessoas e que é fácil a propagação da doença, mesmo tomando as devidas precauções e as medidas de saúde já anunciadas.

Contudo, e apesar das preocupações com estes espaços, Graça Freitas afirmou que estar num lar "não é uma fatalidade" e sublinhou que "a grande maioria das pessoas que adoeceram nos lares estão bem e recuperadas".

Esta manhã, na conferência da Direção-Geral da Saúde 8DGS), António Sales, secretário de Estado da Saúde, disse que "Portugal está a testar 30 mil pessoas por milhão de habitantes", reforçando que Portugal está a testar mais do que a Áustria, Alemanha, Noruega, etc, como foi quinta-feira avançado.

Já estão à venda online as primeiras máscaras reutilizáveis certificadas

A informação é recente, foi avançada pelo centro tecnológico no seu site, já bem tarde na quarta-feira à noite, mas representa um novo fôlego no combate à covid-19 e para o setor, que se prepara para lançar no mercado milhares de máscaras laváveis para o cidadão comum ou para profissionais de áreas com atendimento ao público.

E há quem já as tenha colocado logo à venda na sua loja online, como é o caso da portuense Daily Day Studios, que, nestas primeiras horas, já vendeu cerca de uma centena de unidades.

Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva, Quotidiandivertisy, Daily Day Studios, Digit All e Location Available, Lda são as cinco empresas que conseguiram que as suas máscaras passassem no crivo dos laboratórios do Citeve.

No caso da Daily Day Studios, da Digit All e da Location Available, são máscaras de uso geral, de nível 3, ou seja, com uma capacidade de retenção de partículas, mínima, de 70%.

Quase 200 mil mortos e mais de 2,7 milhões de infetados em todo mundo

A pandemia de covid-19 já ultrapassou os 2,7 milhões de infetados e matou quase 200 mil pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00.

De acordo com os dados da agência de notícias francesa, a partir de dados oficiais, foram registados 190.989 mortos e mais de 2.719.450 infetados em 193 países.

Pelo menos 720 mil pessoas foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, lideram em número de mortos e casos, com 49.963 e 869.172, respetivamente.

Depois dos Estados Unidos, os países com mais óbitos são Itália, com 25.549 para 189.973 casos, Espanha com 22.524 (219.764 casos), França com 21.856 (158.183 casos) e o Reino Unido com 18.738 (138.078 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.804 casos (seis novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.632 mortes (nenhuma nova) e 77.207 recuperações.

Desde as 19:00 de quinta-feira, a Serra Leoa anunciou a primeira morte ligada ao vírus no seu território

.Até às 11:00 de hoje, a Europa totalizou 116.907 mortos para 1.311.888 casos, Estados Unidos e Canadá 52.162 mortos (910.924 casos), Ásia 7.651 (187.791 casos), América Latina e Caraíbas 6.777 (130.705 casos), Médio Oriente 6.101 (142.849 casos), África 1.288 (27.335 casos) e Oceânia 103 (7.964 casos).

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos). E acima de tudo: fique em casa.

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a unidade de cuidados primários mais próxima.

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