Números voltam a subir. Há mais 213 novos casos e três mortes em Portugal
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais três pessoas e foram confirmados mais 213 casos de covid-19. De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (6 de agosto), no total, desde que a pandemia começou registaram-se 52.061 infetados, 37.840 recuperados (mais 275) e 1.743 vítimas mortais no país.
Há um aumento de 04% nas novas infeções e os 213 testes positivos são o número mais alto desde 1 de agosto, data desde a qual os novos casos detetados foram sempre abaixo de 200. O país regista, de momento, 12.478 casos ativos da doença.
Por regiões, verifica-se que Lisboa e Vale do Tejo apresenta hoje o maior número de novos casos, 147 (cerca de 69%) das últimas 24 horas. A região Norte é a segunda com maior número de casos, com mais 37. O Centro regista mais 16 casos, o Alentejo mais nove, o Sul mais três e há mais um caso na Região da Madeira.
Atualmente há 369 pessoas internadas em unidades hospitalares (menos 15 do que no dia anterior). Nos Cuidados Intensivos estão agora 41 doentes (mais 1).
As três mortes registadas nas últimas 24 horas são de pessoas do sexo masculino. Uma vítima tem mais de 80 anos, outra tem idade entre os 70 e os 70 anos e a terceira é um homem entre 50 e 59 anos.
Dois dos homens morreram na região Norte e o terceiro faleceu em Lisboa e Vale do Tejo.
Entre os surtos de covid-19 em território nacional, esta quarta-feira soube-se que o número de internados infetados por covid-19 devido a um foco num lar do Porto subiu de quatro para oito, mantendo-se nos 44 o total de casos confirmados, segundo a Administração Regional de Saúde do Norte sem especificar a gravidade do estado clínico dos doentes que se encontram no Hospital de Santo António, no Porto.
O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus na residência sénior Montepio da Rua do Breiner, no Porto, mantém-se nos 44, dos quais 34 utentes e 10 profissionais.
Na Alemanha, as autoridades voltam a estar preocupadas com o vírus a ganhar força. Esta quinta-feira, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Robert Koch, a Alemanha registou 1045 novos casos diários, ultrapassando as mil infeções diárias pela primeira vez desde 11 de maio.
Mais de dois terços (69 por cento) de todos os novos casos notificados vêm de apenas três estados federais: Renânia do Norte-Vestfália (425), Baviera (205) e Berlim (91). O número de casos ativos aumentou em 438 para agora 8.692. Isto é um aumento de 26 por cento em relação à semana anterior e um aumento de 87 por cento em relação aos números mais baixos, de 15 de julho.
O governo alemão insiste com os cidadãos para seguirem regras como distanciamento social, uso de máscaras e higienização, e também acredita que os viajantes que regressam do exterior são outra fonte de infeções. Por isso ordenou o teste gratuito a todas as pessoas que cheguem ao país desde áreas de risco.
Na Alemanha, a obrigação de testes para viajantes de áreas de risco entra em vigor já a partir de sábado, ordenou o Ministro da Saúde Jens Spahn. Vai haver estações de testes, especialmente nos aeroportos, mas também para quem chegar de comboio ou carro. Nesta altura já existe a possibilidade de todos os imigrantes fazerem o teste gratuitamente dentro de 72 horas após a chegada à Alemanha.
A situação é preocupante em diversos países. Com EUA e Brasil a manterem números muito altos - em 24 horas, 1.262 mortos e mais de 54 mil casos nos EUA e 1.437 mortes e 57.152 casos no Brasil, outros países batem recordes, como foi o caso da Índia. Atingiu esta quarta-feira o recorde diário de mortes por covid-19, com 904 óbitos, no mesmo dia em que o estado de Goa, um dos menos afetados, contabilizou o maior número de infeções, 348 casos. O país diagnosticou mais 56.282 infeções nas últimas 24 horas, com o total desde o início da pandemia perto de atingir os 2 milhões, além de 40.699 mortes. Destas, 20 mil ocorreram nos últimos 30 dias.
Enquanto isso, a China intensificou os seus testes nas últimas semanas, atingindo 4,84 milhões de testes realizados todos os dias até ao final de julho, disse Wang Jiangping, vice-ministro do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação. Em todo o país, quase 5.000 instituições médicas e 38.000 técnicos estiveram disponíveis para realizar testes em massa.
A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 708.236 pessoas em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.
Ao todo, 18.843.580 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios, dos quais pelo menos 11.159.300 já foram considerados curados.