Louçã: "Não se pode negociar o próximo governo como se negociou o Orçamento este ano"

Antigo líder bloquista deixa aviso aos socialistas, no arranque da Convenção do Bloco de Esquerda. É aos eleitores que compete decidir qual a solução governativa futura
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O antigo líder bloquista e atual conselheiro de Estado, Francisco Louçã, deixou um aviso aos socialistas de que não se pode negociar um próximo governo como se negociou o último Orçamento do Estado.

À chegada do Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, onde decorre a XI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, Louçã defendeu que "não se pode negociar o próximo governo como se negociou o Orçamento este ano", estar a decidir à última hora, às "duas da manhã", como ilustrou, como se vai governar o país.

Já antes, em declarações aos jornalistas, um dos quatro fundadores do partido notou que é aos eleitores que compete decidir qual a solução governativa futura. "Os partidos dizem o que querem [fazer para o país] e os eleitores dizem o que querem dos partidos, eles é que mandam", respondeu, evitando respostas concretas sobre onde estará o BE no futuro - se no governo, se a apoiar uma solução parlamentar, como atualmente.

Entendendo que "o Bloco fez muito bem" em se entender com o PS em 2015, Louçã notou que aquilo que vai estar em causa nas próximas eleições legislativas é a resposta a dar "aos problemas de fundo" do país.

Também à chegada, a atual eurodeputada do BE, Marisa Matias, sublinhou que "o Bloco está disponível para juntar esforços com as forças que queiram fazer uma política de esquerda".

Sobre o seu futuro em Bruxelas, no Parlamento Europeu, foi mais contida: "É decisão do partido. Estou disponível como estarão outros camaradas", respondeu.

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