Livro 'Aproveitem a vida' entra hoje no mercado editorial

A existir um problema, há que resolvê-lo da melhor maneira - é a principal mensagem que o actor António Feio deixa no livro 'Aproveitem a vida', que hoje é lançado no mercado editorial e que deverá sair para as bancas dentro de quinze dias.<br />
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'A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir', recomenda.

As palavras constam numa entrevista concedida quinze dias antes do actor morrer, a 29 de Julho, como 55 anos, e citada na introdução do livro redigido por Maria João Costa, editora da Livros d´Hoje, depois de um desafio que a própria lançou ao actor em finais de 2009 para que fizesse um livro para aquela chancela do grupo LeYa.

Dedicado aos quatro filhos, ao neto, a Sandra Faria e Paulo Dias (da UAU, produtora com quem trabalhava nos últimos anos), às duas ex-mulheres, a outros familiares e vários amigos próximos como José Pedro Gomes, Miguel Guilherme, Jorge Mourato, entre outros, António Feio confessa que entre as 'coisas boas' que a doença lhe trouxe foi a possibilidade de 'rebobinar' a sua vida.

Apesar das limitações físicas que a doença lhe impôs, do medo de sofrer e, sobretudo, de fazer sofrer os que lhe eram queridos, o actor confessa que a doença fê-lo sentir-se 'mais feliz do que era antes'.

Sonhos de infância, como ser músico, ter uma moto, um estúdio fotográfico e um Porshe, Sonhos de Adulto (ter filhos, ser avô, fazer espectáculos de sucesso, manter a chama viva, ser um herói, a notícia da doença e a reacção a esta) são temas abordados na obra, já redigida após a morte do actor.

Uma 'carta de despedida' para a família e alguns amigos -  'Pelo sim, pelo não!!!' -  escrita pelo actor em maio  e encontrada recentemente pelos filhos no computador do pai, textos escritos e assinados por António Feio, um 'Mini-Mini' Diário do António, também do próprio, constam também do livro.

Tal como posfácios do cirurgião e da responsável da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz - onde o actor morreu - , um texto da filha mais velha do actor, Bárbara, e poemas de Catarina (a segunda mais velha) incluindo um que o pai não chegou a ler, 'Dá-me Guitarra', escrito a 24 de Julho e que a cantora diz estar a ser musicado para integrar o primeiro registo discográfico, fazem também parte de 'Aproveitem a Vida'.

Textos dedicatória de José Pedro Gomes, Jorge Mourato e Sandra Faria, directora geral da UAU que acompanhou o processo de doença e o actor desde o início do diagnóstico -- nos quais recordam a alegria de António e a falta que lhes faz -- integram também 'Aproveitem a Vida'.

Uma obra que, em declarações à agência Lusa, Maria João Costa classificou como um livro de 'auto-ajuda' e uma mensagem de vida, escrito pela própria num 'registo o mais informal possível e o mais próximo possível do discurso do António', cujo lançamento deverá ocorrer dentro de quinze dias.

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