Juiz desiste de julgar ex-presidente Mubarak
Fontes da acusação disseram à agência EFE que esse mesmo tribunal absolveu anteriormente os acusados da denominada "batalha do camelo", durante a revolução, e Abdala afirmou sentir "incómodo" com a causa de Mubarak na abertura da repetição do processo ao ex-Presidente.
Num breve anúncio de dois minutos, o juiz que preside à décima instância do Tribunal Penal do Cairo disse que decidiu remeter as causas penais apresentadas naquele julgado ao Tribunal de Recurso do Cairo.
Assim, pediu que essa comarca determine uma instância diferente que se encarregue de repetir os processos pendentes.
Tanto antes como depois da intervenção do juiz, alguns advogados presentes no tribunal começaram a gritar, numa cena já vista em outras sessões do anterior processo.
Mubarak, que compareceu na sala sentado numa cama, com semblante tranquilo e saudando os seus seguidores, enfrenta um novo julgamento depois de o mesmo tribunal de recurso anular em janeiro a sua condenação a prisão perpétua pela morte de manifestantes.
Juntamente com o ex-Presidente, também voltam a ser julgados o ex-ministro do Interior Habib al Adli -- também condenado a prisão perpétua na primeira sentença - e seis colaboradores do ministro que tinham sido absolvidos, bem como dois dos seus filhos.