Jovem ativista LGBT morto pela polícia na universidade
Agentes da polícia do campus da Universidade da Geórgia, Estados Unidos, balearam um jovem ativista LGBT, que acabou por morrer este domingo. As autoridades afirmaram que o jovem estava armado com uma faca e não obedeceu às ordens para largar o objeto.
Scout Schultz, de 21 anos, era o presidente do grupo de estudantes LGBT Pride Alliance e não se identificava nem com o género masculino nem feminino. "Sou bissexual, não binário e intersexual", escreveu Schultz num perfil do grupo Pride Alliance, acrescentando que era também politicamente ativo.
Schultz, aluno de engenharia informática, foi baleado no sábado à noite, no parque de estacionamento da universidade, perto dos dormitórios.
Segundo as autoridades, citadas pelo The Washington Post, a polícia recebeu a denúncia de que estava "uma pessoa com uma arma e uma faca" na universidade. Os agentes foram para o local e encontraram Schultz com uma faca.
A polícia pediu ao jovem para largar o objeto e ele respondeu "dispara", enquanto avançava em direção aos quatro polícias. Um dos agentes disparou e o jovem foi encaminhado para o hospital, onde morreu.
A mãe de Schult, Lynne, disse numa entrevista que o filho sofria de vários problemas de saúde, tinha depressão e tentou cometer suicídio há dois anos.
"Porque não usaram uma arma não letal, como gás pimenta ou tasers?", perguntou Lynne, segundo a BBC.
O jornal Washington Post revela que 697 pessoas foram mortas pela polícia dos Estados Unidos este ano.