Johnson, Bolsonaro, Trump. Outros líderes que já tiveram covid-19
O primeiro-ministro britânico foi um dos primeiros a testar positivo para a covid-19, logo a 27 de março. Apesar de inicialmente ter continuado a trabalhar, em isolamento, no número 10 de Downing Street, o chefe do governo acabou por ter que ser hospitalizado dez dias depois, chegando a passar pela unidade de cuidados intensivos. Recebeu oxigénio, mas nunca chegou a ser ligado a um ventilador -- agradecendo o cuidado que teve, com destaque para o enfermeiro português Luis. Depois de ter alta e de uns dias de descanso, voltou ao trabalho a 27 de abril.
O presidente brasileiro, que sempre minimizou o impacto da doença, anunciou a 7 de junho que tinha sido contagiado com a covid-19. Foi ao hospital apenas para fazer testes, nomeadamente uma radiografia aos pulmões, mas fez a recuperação no Palácio do Planalto, onde por vezes foi visto a falar sem máscara com funcionários. O presidente defendeu sempre o uso do medicamento hidroxicloroquina, apesar de os especialistas dizerem que não está provado o seu uso no tratamento da covid-19.
O presidente norte-americano testou positivo para a covid-19 a 2 de outubro, depois de um evento na Casa Branca onde não foram usadas máscaras nem mantidas distâncias de segurança. Trump, de 74 anos, foi internado no hospital militar Walter Reed onde passou três noites, tendo chegado a receber oxigénio em pelo menos duas ocasiões e recebendo cocktails de drogas experimentais. Concluiu a recuperação da doença na Casa Branca.
No poder na Bielorrússia há 26 anos, disse em finais de julho que tinha testado positivo para a covid-19 e recuperado, antes das eleições presidenciais de agosto que os observadores dizem que foram manipuladas a seu favor. Lukashenko disse que não teve sintomas.
O primeiro-ministro russo, de 54 anos, testou positivo para a covid-19 a 30 de abril e precisou de ser hospitalizado, com o seu estado a ser considerado "moderadamente grave". O chefe de governo continuou a trabalhar mesmo do hospital, tendo tido alta a 19 de maio.
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau testou positivo, junto com outros membros de governo, no final de abril e passou a quarentena num hotel, tendo tido alta a 7 de maio. Depois de dizer que nos primeiros dias passou "um mau bocado", com febre que chegou aos 38 graus, explicou que se curou com uma medicação feita com base na medicina convencional e na medicina caseira, nomeadamente chá de alho, gengibre e limão que tomava cinco vezes por dia.
O presidente das Honduras teve que ser hospitalizado em junho por causa da covid-19, tendo alta 16 dias após o teste positivo. Quando foi hospitalizado, apresentava sinais de pneumonia e acabou por piorar uns dias depois, antes de começar a melhorar. "Não desejo isto a ninguém", disse após ter alta.
O primeiro-ministro do Kosovo testou positivo em agosto, tendo apresentado sintomas leves, e autoisolou-se durante duas semanas.
O primeiro-ministro da Arménia anunciou no início de junho que ele e a família toda (mulher e quatro filhos) tinham covid-19. Estava assintomático e iria continuar a trabalhar em isolamento.
O príncipe testou positivo para a covid-19 ainda em março, tendo sido o primeiro líder mundial a dizer que tinha sido infetado. À revista People, o príncipe disse que mesmo depois de terminar a quarentena (a 31 de março), continuou a sofrer momentos de fadiga extrema por causa da doença ao longo do mês de junho. "Este vírus fica connosco algum tempo."
O presidente da Guatemala testou positivo ea 18 de setembro, dizendo apresentar sintomas de uma "má gripe". Não precisou de ser hospitalizado, tendo apenas ficado em isolamento em casa e recebendo alta já a 5 de outubro. "Os meus pulmões estavam ótimos, só me sentia cansado", disse.
O presidente da República Dominicana passou pela covid-19 quando estava em plena campanha para as eleições de julho, que o puseram no poder. Passou várias semanas em isolamento.
Quando era presidente interina da Bolívia, Áñez também testou positivo para a covid-19, passando 17 dias em isolamento, mas sem precisar de ser hospitalizada.
O primeiro-ministro de Eswatini (antiga Suazilândia) morreu no domingo (13 de dezembro) num hospital na África do Sul, para onde tinha sido transferido no início do mês, duas semanas após testar positivo para a covid-19. Ambrose Dlamini tinha 52 anos.