Israelitas votam hoje. Netanyahu promete: se for reeleito, não haverá Estado palestiniano

Cerca de 5,8 milhões de israelitas elegem hoje novo Parlamento. União Sionista, de Herzog e Livni, numa luta taco a taco com o Likud, lidera sondagens
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No último dia de campanha, Benjamin Netanyahu jogou o tudo por tudo para ganhar votos hoje. Em entrevista a uma publicação online ligada ao Makor Rishon, jornal dos colonos judeus, o primeiro--ministro e líder do Likud (direita) garantiu ontem que se for eleito não haverá Estado palestiniano. Horas antes e numa visita ao colonato de Har Homa, às portas de Belém, Netanyahu alertou que se não for eleito um "Hamastão B" será ali estabelecido.

"Penso que quem procura criar um Estado palestiniano e evacuar territórios dá território aos islamitas para que ataquem Israel", disse o chefe do governo, para quem "a esquerda enterrou a cabeça na areia vezes seguidas e ignora isto, mas nós somos realistas e percebemos." Mas Netanyahu foi mais longe ao garantir que se a União Sionista ganhar as eleições "irá juntar-se à comunidade internacional e ao seu mandado", nomeadamente no congelamento da construção de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, para além de cooperar com iniciativas internacionais para fazer regressar Israel às fronteiras pré-Guerra dos Seis Dias (1967).

Logo pela manhã, Netanyahu já atacara os líderes da União Sionista (coligação do Partido Trabalhista de Isaac Herzog e do Hatnuah de Tzipi Livni). Fê-lo durante a visita ao colonato judeu de Har Homa, junto a Beit Sahur, às portas de Belém, na Cisjordânia. "Se Tzipi e Bougie [Herzog] formam governo, um Hamastão B será estabelecido aqui", disse. "Hamastão" é o termo usado pela direita israelita quando se refere à Faixa de Gaza desde que o Hamas ganhou as eleições.

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