IL rejeita coligação com PSD. Carlos Moedas diz ser o único capaz de derrotar Medina

Candidato do Iniciativa Liberal à Câmara de Lisboa será Miguel Quintas. Carlos Moedas "respeita" e garante que é o único capaz de derrotar Fernando Medina.
Publicado a
Atualizado a

A Iniciativa Liberal recusou este sábado integrar a coligação autárquica à Câmara de Lisboa encabeçada por Carlos Moedas e decidiu apresentar um candidato próprio, Miguel Quintas, anunciou o presidente do partido, João Cotrim Figueiredo. No Twitter, o candidato do PSD e CDS diz respeitar "democraticamente a decisão do IL", mas insiste que "somos os únicos que podemos derrotar a governação de Fernando Medina".

Carlos Moedas garante que o o seu projeto de "mudança cresce todos os dias com apoios das mais diversas áreas".

Twittertwitter1368222614397845505

Já o do Iniciativa Liberal de não lhe dar apoio na corrida à Câmara de Lisboa foi feito na Praça do Município, tendo João Cotrim Figueiredo explicado que esta decisão, que assumiu não ser fácil.

A decisão que foi tomada pela Comissão Executiva que se reuniu, por proposta do núcleo de Lisboa da Iniciativa Liberal, tendo sido anunciado igualmente o nome que vai ocupar o segundo lugar na lista dos liberais, Ana Pedrosa-Augusto, que foi vice-presidente eleita no primeiro congresso do Aliança.

"Que não fiquem dúvidas nenhumas: é uma decisão difícil, mas certa e que o grande objetivo que temos ao tomá-la é tirar da câmara o PS que há 14 anos a governa e o atual presidente que há seis anos a governa", sublinhou o presidente e deputado dos liberais.

Para Cotrim Figueiredo, "a decisão não é fácil porque a maior parte dos partidos tem uma tentação de ter sucessos eleitorais imediatos", uma tentação que garante que a Iniciativa Liberal não tem.

"Esta é a decisão certa porque sabemos que esses sucessos eleitorais só têm significado se forem conseguidos sem atalhos e com incoerência", argumentou.

Na perspetiva do líder liberal, a conquista de mandatos e lugares deve ser feita, "não mudando apenas caras, mas mudando políticas e sobretudo forma de fazer política".

"Esta decisão não foi fácil porque tem óbvios riscos mediáticos e óbvios riscos eleitorais, mas é a decisão certa porque a Iniciativa Liberal sabe que, sem a coragem que correr esses riscos implica, nada desses sucessos significam alguma coisa e não estaremos aqui, daqui por seis meses, a anunciar uma vitória eleitoral da IL", acrescentou.

Lisboa é atualmente, segundo Cotrim Figueiredo, "uma cidade sem ambição, uma câmara com demasiada burocracia, com demasiadas lógicas clientelares de exercício do poder".

"[Lisboa] precisa de ser muitíssimo corajosa como aquilo que esta nossa decisão representa também", antecipou.

À agência Lusa, no início da semana, fonte liberal tinha adiantado que as conversações entre o candidato social-democrata à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e a Iniciativa Liberal para uma eventual coligação iriam continuar, depois de uma primeira reunião na segunda-feira. E tal como o DN tinha escrito, no dia em que Rui Rio anunciou a candidatura de Moedas, na semana passada, foi estabelecido contacto com o IL para tentar negociar uma ampla coligação.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt