Indemnização por acidente de Angélico em julgamento

A audiência preliminar do processo em que os pais de um amigo do cantor Angélico pedem à mãe deste 236 mil euros de indemnização, devido ao despiste que causou a morte dos dois jovens, realiza-se hoje no Tribunal de Aveiro.
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A ação de indemnização por acidente de viação com processo ordinário corre no Juízo de Grande Instância Cível de Aveiro e envolve ainda o Fundo de Garantia Automóvel (FGA), o stand Impocar (de onde saiu a viatura ao volante da qual o cantor se despistou) e o anterior proprietário do automóvel.

Na ação, os pais de Hélio Filipe alegam que o filho morreu devido "à extrema violência do embate do veículo que Angélico conduzia e à velocidade em que seguia".

Já a mãe do cantor diz que o acidente ficou a dever-se ao "mau estado" dos pneus da viatura conduzida por Angélico, que apresentavam "um sulco na banda de rodagem inferior a 1,6 milímetros o que comprometia seriamente a fiabilidade e a segurança do veículo".

Opinião diferente tem o proprietário do stand Impocar, para quem o mau estado dos pneus "não são a causa do acidente mas antes o resultado dele".

O FGA, por seu lado, defende que o comportamento de Hélio Filipe contribuiu para a sua morte, considerando "manifestamente exagerada" a indemnização pedida em tribunal.

O cantor e ator Angélico Vieira morreu no Hospital de Santo António, no Porto, dias após o acidente que ocorreu na A1, quilómetro 258,909, sentido norte-sul, pelas 3.15 de 25 de junho de 2011.

O acidente provocou também a morte do passageiro Hélio Filipe e ferimentos nas ocupantes Armanda Leite e Hugo Pinto. As autoridades concluíram que a viatura se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, na altura em que o veículo seguia a uma velocidade entre 206,81 e 237,30 quilómetros horários e realçam que Angélico, assim como o outro passageiro da frente, seguiam com cinto de segurança.

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