Hervey Weinstein testou positivo numa prisão de Nova Iorque
Harvey Weinstein, produtor de Hollywood caído em desgraça, testou positivo ao novo coronavírus. Weinstein, 68 anos, está detido numa cadeia de Nova Iorque depois de ter sido condenado a 23 anos de prisão por violação e agressões sexuais.
O diagnóstico do produtor de cinema foi divulgado no domingo à noite pelo site de notícias de celebridades TMZ e pelo jornal local The Niagara Gazette. Os seus advogados dizem não terem recebido informação oficial e manifestam preocupação dado que tem problemas de saúde.
Weinstein está agora em isolamento, de acordo com Michael Powers, presidente da Agência de Prisões do Estado de Nova Iorque, em declarações à Reuters.
Powers disse que vários elementos da equipa prisional foram colocados em quarentena e manifestou preocupação com os agentes penitenciários que, segundo diz, carecem de equipamento de proteção adequado.
O produtor foi um dos dois detidos a testarem positivo no Centro Prisional de Wende de alta segurança, a noroeste da cidade de Nova Iorque. Um advogado de Weinstein disse que a equipa jurídica não foi informada do diagnóstico de coronavírus. "Dado o estado de saúde de Harvey Weinstein, é claro que estamos preocupados, se for esse o caso. Estamos a acompanhar atentamente a situação", disse Imran Ansari.
Antes da sua transferência, Weinstein esteve na prisão de Rikers Island e num hospital de Manhattan, onde foi tratado a dores no peito.
As prisões americanas lotadas têm o potencial de se tornarem focos de infeções por coronavírus. Na semana passada, guardas das prisões de Rikers e Sing Sing, em Nova Iorque, testaram positivo ao vírus.
Até domingo, o vírus matou 417 pessoas nos EUA em mais de 33.000 casos, segundo o rastreio feito pela Universidade Johns Hopkins.
Weinstein foi condenado em fevereiro por um ato sexual criminoso em primeiro grau e violação em terceiro grau, enquanto foi absolvido de acusações mais graves de agressão sexual. Foi condenado por violar a ex-atriz Jessica Mann em 2013 e por praticar sexo oral à força com a ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006.
Quase 90 mulheres, incluindo Angelina Jolie e Salma Hayek, denunciaram acusações de má conduta sexual contra Weinstein, o produtor vários sucessos cinematográficos de crítica e de público.