Guerra leva Hollande e Merkel hoje à Ucrânia e amanhã à Rússia
O objetivo, disse hoje François Hollande, em Paris, é elevar para o mais alto nível as conversações sobre o conflito na Ucrânia. O qual classificou como guerra.
Na Ucrânia, disse o líder socialista, citado pelos media franceses, o que se passa "é, sim, uma guerra, em que as armas pesadas são usadas contra civis e estes estão a ser mortos todos os dias. Desde 6 de junho, a França tem tomado a iniciativa. Com a Alemanha, com Angela Merkel, temos trabalhado muito. Foram aplicadas sanções. Com Angela Merkel decidi tomar uma nova iniciativa: partiremos para Kiev esta tarde para apresentar novas propostas para resolver o conflito e respeitar a integridade territorial da Ucrânia. Estarei sexta-feira em Moscovo com o presidente russo. Ninguém poderá dizer que a Alemanha e a França não fizeram todas as tentativas para chegar à paz".
Esta demonstração de unidade franco-alemã surge numa altura em que se tem vindo a debater a ideia de armar o Exército ucraniano contra os rebeldes pró-russos que controlam o leste da Ucrânia. Os EUA têm estado a estudar a hipótese, segundo os media norte-americanos, mas a Alemanha e também a França estariam um pouco reticentes em relação a ela, preferindo, por outro lado, mais sanções contra os rebeldes apoiados por Moscovo e contra o regime russo do presidente Vladimir Putin.
Em Kiev estará também hoje o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o qual se reunirá com o presidente ucraniano Petro Poroshenko, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, o ministro dos Negócios Estrangeiros Pavlo Klimkin e membros do Parlamento da Ucrânia. Após esta visita à Ucrânia, Kerry viajará para a Alemanha, onde participará, em Munique, na conceituada Conferência sobre Segurança de Munique. Nesta, a Ucrânia deverá ser um dos principais temas em discussão, segundo avança hoje o site da rádio alemã Deutsche Welle.