Guardas prisionais admitem desconvocar greve
"A desconvocação da greve só vai ser decidida no sábado com os delgados sindicais", disse à agência Lusa Jorge Alves, adiantando que "tendo em conta a realidade atual é razoável" a proposta hoje apresentada pelo Governo.
O sindicato que representa os guardas prisionais teve hoje uma reunião no Ministério das Finanças, em que estiveram presentes representantes do Ministério da Justiça e o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino.
Segundo o presidente do sindicato, o secretário de Estado apresentou uma proposta, que se resume a uma calendarização de reuniões e a data limite da aprovação do estatuto profissional.
Jorge Alves acrescentou que a base das futuras negociações vai ser o documento que estava a ser discutido com o Ministério da Justiça há mais de um ano.
"Tendo em conta esta proposta, decidimos convocar os delegados sindicais para lhes apresentar o resultado da reunião", afirmou, sublinhando que a desconvocação do segundo período de greve, entre 06 e 11 de maio, vai ser avaliada no encontro que se realiza sábado em Coimbra.
Jorge Alves sublinhou que "a decisão de não desconvocar a greve poderá condicionar as negociações com o Governo".
Os guardas prisionais realizaram entre 24 e 30 de abril um primeiro período de greve por causa do "corte" nas negociações do estatuto profissional, paralisação, que segundo o sindicato, registou uma adesão acima dos 90 por cento.
Durante a greve, o sindicato foi convocado pelo Ministério da Justiça para a reunião que hoje decorreu no Ministério das Finanças.