Grupo supremacista branco russo na lista negra por terrorismo nos EUA

Lista inclui agora o Movimento Imperial Russo e três dos seus líderes, acusados de fornecer treino paramilitar a neonazis.
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O Departamento de Estado norte-americana incluiu esta segunda-feira, pela primeira vez, um grupo supremacista branco russo na sua lista negra por terrorismo. O objetivo é demonstrar determinação face a uma "ameaça" perante a qual "os Estados Unidos não estão imunes".

O Movimento Imperial Russo (RIM, na sigla em inglês) e três dos seus líderes, Stanislav Vorobiev, Denis Gariev e Nikolaï Trouchtchalov, fazem agora parte da lista de "terroristas internacionais", anunciou Nathan Sales, coordenador da luta antiterrorista.

"Pela primeira vez, os EUA incluem nesta lista negra terroristas supremacistas brancos, o que demonstra até que ponto o Governo leva a sério esta medida", acrescentou.

Washington acusa este grupo de "fornecer treino paramilitar a neonazis e a supremacistas brancos" em dois centros em São Petersburgo, e dessa forma ter prestado formação a suecos que de seguida efetuaram atentados no seu país no final de 2016 e início de 2017.

O governo norte-americano também considera que o grupo russo "desempenha uma função importante na tentativa de agrupar europeus e americanos numa frente comum contra os que consideram como seus inimigos", disse ainda o diplomata.

"Desde 2015 o mundo assistiu a um aumento do terrorismo relacionado com o supremacismo branco", sublinhou Nathan Sales.

"Os EUA não estão imunes face a esta ameaça", acrescentou, numa referência aos recentes ataques "dirigidos contra pessoas devido à sua raça ou religião em locais como Pittsburgh, Poway ou El Paso".

A administração Trump pretende desta forma demonstrar que está consciente do perigo representado pelos neonazis ou nacionalistas brancos, incluindo em território norte-americano, e quando o presidente dos EUA, Donald Trump, tem sido frequentemente acusado de ambiguidade face a estes movimentos.

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