Governo não prevê lançar medidas de estímulo à economia

O executivo de Hong Kong não vai incluir novos pacotes de estímulo à economia nas Linhas de Acção Governativa para 2011, que se vão focar no equilíbrio orçamental e na diversificação económica, defendeu o líder político, Donald Tsang.
Publicado a
Atualizado a

Num encontro com os directores dos principais meios de comunicação da ex-colónia britânica, o chefe do Executivo, Donald Tsang, considerou suficientes os quatro pacotes de estímulo económico que o Governo já lançou desde Fevereiro e que somaram 87,6 mil milhões de dólares de Hong Kong (7,9 mil milhões de euros).

O governante duvida da necessidade de medidas extra de incentivo económico, justificando assim o facto de não estarem previstas no pacote de reformas políticas para 2011, ao salientar que o executivo precisa agora de se concentrar em conseguir um equilíbrio orçamental, sem aumentar o défice.

"O Governo vai enfrentar défices fiscais. Temos de parar com os apoios e esta é a altura para o fazer", defendeu Donald Tsang, ao sublinhar que a situação de Hong Kong é, apesar de tudo, "diferente da de vários países ocidentais, que estão a ponderar o mesmo depois de meses de intervenção massiva no mercado".

"Ao contrário de vários governos ocidentais, o executivo de Hong Kong não comprou activos ou acções de empresas", acrescentou.

O último pacote de estímulo, avaliado em 16,8 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,5 mil milhões de euros), foi anunciado em Maio pelo secretário das Finanças e pretendia a expansão das concessões actuais no que diz respeito aos impostos e apoio aos negócios.

Para 2011, o executivo de Donald Tsang vai estar focado no lançamento de medidas de estímulo à diversificação económica, através do apoio a seis sectores: educação, saúde, indústria ambiental, novas tecnologias, indústrias criativas e culturais e segurança alimentar.

O chefe do Executivo da ex-colónia britânica não se revela ainda optimista quanto ao clima económico, apesar do Produto Interno Bruto (PIB) da região administrativa especial ter registado, no segundo trimestre, o primeiro sinal de recuperação desde a segunda metade de 2008, ao registar um acréscimo de 3,3 por cento.

Donald Tsang diz que precisa de ver uma recuperação total das economias da Europa e Estados Unidos, para se afirmar verdadeiramente optimista.

Outra medida que fica de fora das Linhas de Acção Governativa para 2011 é a democratização do sistema eleitoral, já que o executivo prevê lançar antes uma consulta pública sobre o assunto.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt