Furacão Matthew percorre Carolina do Sul mas perde intensidade
O furacão Matthew perdeu intensidade para tempestade de categoria 1, ao fim de quatro dias de devastação e um rasto de morte desde as Caraíbas à costa atlântica da Florida, anunciou hoje o Centro de Furacões em Miami.
O número de mortes no Haiti, onde o Matthew tocou primeiro em terra, ascende já a, pelo menos, 400, de acordo com as autoridades haitianas, que ainda estão a avaliar o escopo da devastação, sobretudo na zona sul do país.
Na sexta-feira, um responsável do Governo haitiano falava em 820 mortos, em declarações à agência espanhola Efe.
Às 13:00 TMG de hoje (14:00 em Lisboa), no entanto, o Matthew parecia estar perto do fim do caminho de destruição, avançando pela costa sul da Carolina do Sul e depois de ter deixado mais de um milhão de pessoas sem eletricidade na Florida e reclamado cinco vidas nos Estados Unidos.
O Centro Nacional norte-americano de Furacões (NHC, na sigla inglesa), sediado em Miami, baixou intensidade da intempérie para tempestade de categoria 1, com os ventos ainda assim a poderem atingir os 130 quilómetros por hora.
Os avisos do NHC apontam agora como principal perigo as chuvas torrenciais e o aumento do nível do mar e ondas altas, que podem inundar zonas normalmente secas ao longo da costa da Carolina do Sul.
As autoridades da Carolina do Sul deram ordem de evacuação a milhares de pessoas, alojando-as em abrigos como escolas e ginásios no interior do estado.
A milhões de norte-americanos foi pedido que saíssem de suas casas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades por onde passou o furacão, depois de ter deixado um profundo rasto de destruição no Haiti, República Dominicana, Jamaica, Cuba e Bahamas.
"Os especialistas em meteorologia descreveram o Matthew como uma tempestade que acontece uma vez em cem anos", afirmou o presidente da comuna de Jacksonville, Florida, Lenny Curry, citado pela agência France Press.
Quase metade da população de Jacksonville (850 mil pessoas) foi retirada das áreas de residência. "Queremos que as pessoas estejam seguras. A nossa principal preocupação com este evento tem sido a segurança pública", acrescentou Curry.
O Presidente Barack Obama declarou o estado de emergência nos estados da Florida, Georgia e Carolina do Norte e do Sul.