Que balanço faz da edição deste ano, que foi uma das mais concorridas de sempre da história deste festival, que existe há apenas quatro anos?.Estamos todos muitos contentes, a organização, a câmara, os artistas e todos os que trabalham para conseguir realizar este festival, porque pela primeira vez conseguimos esgotar todos os dias. Os números certos ainda não estão apurados, mas sabemos que foram mais de 75 mil as pessoas que por aqui passaram, para celebrar a língua portuguesa, a música lusófona e a cultura urbana..Atingido esse ponto, quais são agora os planos para o futuro? Crescer ainda mais?.É uma questão que para já não se coloca, essa do crescimento, porque neste momento temos a escala certa para o tipo de festival que almejamos ser. O esforço passa agora por continuar a promover a criatividade dos artistas e a estimular o surgimento de novos projetos. Essa é a grande diferença entre o Sol da Caparica e os outros festivais e creio que temos conseguido fazer passar essa mensagem. Só na edição deste ano foram 15 os espetáculos concebidos em exclusivo para o festival. A nossa maior preocupação é conseguir dar boas condições aos artistas, para poderem ser bem recebidos pelo público, como mais uma vez aconteceu neste ano..Quais foram, na sua opinião, os melhores momentos da edição deste ano?.Essa é uma questão complicada, porque foram muitos e torna-se injusto escolher este e não aquele. Talvez o espetáculo de encerramento, no sábado à noite, a cargo dos Expensive Soul, que prepararam um concerto especial para o Sol da Caparica, com coros, secção de metais, bailarinos. Foi uma festa enorme, que fechou em grande a edição deste ano. E tenho de referir também a atuação da Sara Tavares, que contou em palco com diversos convidados e foi outro dos momentos altos do festival..Outra aposta ganha foi a decisão de dedicar um palco em exclusivo ao hip-hop nacional, durante o segundo dia de festival....Sim, foi um sucesso, mas do qual já estávamos à espera, devido ao atual momento de pujança que o hip-hop nacional atravessa. Mas o mais interessante desse dia foi reparar que, ao mesmo tempo que isso acontecia, o outro palco também estava cheio de público, para assistir a artistas de outras áreas musicais, numa prova de que o Sol da Caparica é um festival com espaço para todos..É, portanto, um festival para continuar?.Essa é uma decisão que cabe à Câmara Municipal de Almada, que é o promotor do festival, mas em princípio sim, é para continuar.