"Festa covid": alunos da Universidade de Manchester fazem festa só para "positivos"

Com os <em>pubs</em> e as discotecas fechados, os alunos universitários organizam festas em casa. No sábado passado, a polícia interrompeu uma festa só para alunos infetados pelo coronavírus.
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Um grupo de estudantes da Universidade de Manchester, no Reino Unido, organizou, no sábado passado, uma festa à qual só poderia comparecer quem apresentasse a prova de que contraíra covid-19, noticiou o jornal The Guardian. O tema da festa era "Positive in Covid".

Em Manchester o número de casos positivos tem vindo a aumentar: ultrapassa já os 500 por cem mil habitantes e tem uma proporção de 2935 casos positivos para cada cem mil habitantes entre a população com 17 a 21 anos. No entanto isso não impediu a realização desta festa privada.

Neste momento, há já mais de mil alunos dessa universidade com resultado positivo no teste de covid-19. "Permitir apenas a entrada a pessoas infetadas foi uma medida de segurança", explicou um jovem anónimo ao jornal inglês.

Assim que percebeu o que se passava, a segurança do campus de Fallowfield interveio e pôs fim à festa.

"A universidade está a par do incidente e condena veementemente esse comportamento irresponsável. Estamos a investigar o caso com urgência e trataremos os alunos responsáveis ​​de acordo com nosso código interno de conduta", explica a instituição. "A grande maioria dos nossos alunos está a comportar-se com responsabilidade e têm o nosso apoio se precisarem de se isolar. Continuaremos a fazer o que tem de ser feito para manter a nossa equipa, os nossos alunos e a população da cidade em segurança."

As autoridades do Reino Unido, por sua vez, continuam a apelar aos jovens, pedindo-lhes responsabilidade para poderem controlar o avanço da pandemia, pois além dos efeitos na saúde que possa ter sobre eles e as suas famílias, o aumento dos casos implica também também um novo golpe para a economia. No entanto, os jovens britânicos não estão a reagir bem ao facto de os estabelecimentos noturnos estarem encerrados.

"Venho alertando para este facto desde o início do verão, quando todos estavam ocupados com o coronavírus e ninguém pensava no que aconteceria quando os alunos voltassem. Não há discotecas e os pubs fecham às dez da noite", explica ao The Guardian Fiona Measham, professora de Criminologia da Universidade de Liverpool. Se cumprirem as medidas previstas, os clubes e as discotecas podem ser espaços mais seguros do que os apartamentos onde os alunos se reúnem sem distanciamento e sem máscaras.

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