Exército reforça segurança nos paióis do Regimento de Paraquedistas
Os resultados de uma inspeção ao Regimento de Paraquedistas do Exército levaram o Exército a retirar o material dos paióis da unidade há cerca de mês e meio para melhorar as condições de segurança do local.
A informação foi dada esta quinta-feira pelo Exército, num esclarecimento a notícias sobre uma carta anónima - recebida pelo Parlamento - que falava numa transferência de material de guerra do Regimento de Engenharia nº1 (RE1) para os paióis de Tancos.
O caso referido na carta reporta-se a 7 de julho de 2017, enquanto a transferência do material guardado no Regimento de Paraquedistas - vizinho do RE1 no Polígono de Tancos - ocorreu a 5 de julho deste ano e para os paióis do Campo Militar de Santa Margarida e do Campo de Tiro de Alcochete.
A necessidade das obras nos paióis dos paraquedistas resultou da inspeção feita ao local após o furto de Tancos, no âmbito do qual foi determinada a verificação das condições de segurança dos paióis de todas as unidades militares dos três ramos das Forças Armadas, disse ao DN a porta-voz do Exército, major Elisabete Silva.
As obras em causa, que ainda não começaram, envolvem o reforço das infraestruturas e da rede periférica, bem como dos sistemas de vigilância.
Os paióis de Tancos foram desativados poucas semanas depois do furto ocorrido no final de junho de 2017, mantendo-se apenas "a presença física e a vigilância das instalações, por questões de segurança física das infraestruturas", adiantou o Exército.
O caso continua a ser investigado pelo Ministério Público, com o Presidente da República a dizer há dias que esperava conhecer os resultados nas próximas semanas.
A oposição, nomeadamente o PSD e o CDS, continuam a exigir a demissão do ministro da Defesa e do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, devido ao furto em Tancos.