Ex-ministro francês condenado a quatro anos de prisão por fuga ao fisco

Ex-arauto da luta contra a evasão fiscal foi também condenado a uma multa de 300 mil euros e cinco anos de inelegibilidade
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O antigo ministro do Orçamento de França, Jérôme Cahuzac, que tinha contas bancárias escondidas no estrangeiro, foi condenado hoje pelo tribunal da relação de Paris a quatro anos de prisão por fuga ao fisco e branqueamento de capitais.

Na sentença ficou ainda determinado que dois dos quatro anos de prisão serão com pena suspensa.

Cinco anos depois de ter desencadeado o escândalo mais contundente do governo de François Hollande, o ex-arauto da luta contra a evasão fiscal também foi condenado a uma multa de 300.000 euros e cinco anos de inelegibilidade.

O ex-ministro provavelmente não irá para a cadeia, pois qualquer sentença de até dois anos de prisão oferece outras alternativas para o seu cumprimento.

Jérôme Cahuzac "não merece a prisão", disse, no final da audiência, o seu advogado Eric Dupond-Moretti.

A lei permite até dois anos de prisão e, na ausência de reincidência, admite alternativas à prisão fechada, o que será pedido pelo advogado de Cahuzac.

Na leitura da sentença, Jérôme Cahuzac, de 65 anos, permaneceu calmo e concentrado.

O Ministério Público pediu a confirmação dos três anos de prisão imposta ao ex-ministro em primeira instância, em 2016, por um crime "de excecional gravidade".

Durante o processo de recurso, Cahuzac confidenciou o seu "medo de ir para a prisão".

A sua defesa pedia uma sentença que "não sobrecarregasse mais do que necessário um homem quebrado", alertando para o risco de suicídio da ex-estrela em ascensão socialista.

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