EUA vão rever orientações sobre a vacina da Pfizer contra a covid-19 após reações alérgicas
A Agência Reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), está a trabalhar com a Pfizer para sobre a revisão das orientações para os destinatários da vacina da farmacêutica norte-americana e da alemã BioNTech contra a covid-19, após reações alérgicas manifestadas em duas pessoas.
São dois profissionais de saúde que foram vacinados no Alasca. Um deles teve uma reação grave ou "anafilática", que obrigou a hospitalização.
Doran Fink, vice-diretor da divisão de vacinas da FDA afirmou que estas duas pessoas foram alvo de intervenção médica "apropriada e, felizmente, estão recuperadas ou em recuperação".
Este responsável admitiu que poderão existir "relatórios adicionais" de reações adversas após a administração da vacina, que serão investigados "rapidamente."
Acrescentou que as autoridades norte-americanas, incluindo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, estão a investigar os dois casos e a trabalhar com o Reino Unido para analisar os casos de reações alérgicas que também foram verificados em dois profissionais de saúde britânicos.
"Embora a totalidade dos dados disponíveis até ao momento continuem a validar a vacinação da Pfizer nos EUA (autorização de utilização de emergência) sem novas restrições, estes casos reforçam a necessidade de permanecer vigilante durante a fase inicial da campanha de vacinação", afirmou Fink.
É neste sentido que, afirmou, a "FDA está a trabalhar com a Pfizer para rever as fichas técnicas e as informações de prescrição das suas vacinas para chamar a atenção para as diretrizes do Centro de Controlo e de Prevenção de Doenças para monitorização pós-vacinação e gestão de reações alérgicas".
A revisão irá incluir o alerta atual para que as pessoas que têm um histórico de reações alérgicas aos ingredientes da vacina não a tomem por enquanto.
Também vai incluir o aviso de que as instalações onde as vacinas estão a ser administradas devem garantir que o tratamento médico para o tratamento de reações alérgicas graves esteja imediatamente disponível.
Fink adiantou que, caso o Moderna receba uma autorização de uso de emergência, terá alertas semelhantes.
Ambas as vacinas são baseadas na tecnologia de mRNA (ácido ribonucleico mensageiro), que nunca tinha sido aprovada.