A notícia é avançada pela agência France-Press (AFP), que também dá conta de que a jovem estudante terá de fazer um estágio de cidadania durante seis meses..A jovem respondeu a uma reportagem do L'Est Républicain publicada na página da rede social Facebook deste diário regional: "Ele não merecia ser decapitado, mas sim morrer.".O comentário foi reportado por um utilizador e acabou com a detenção, na quinta-feira, enquanto a estudante estava a frequentar as aulas na Universidade de Besançon.."Lamento ter escrito este comentário, peço desculpa. Sou contra o que escrevi", disse em tribunal a jovem estudante, ressalvando que escreveu "muito rápido" e "sem pensar", mas que "apagou nessa mesma noite" o comentário..A estudante acrescentou que cometeu "um erro muito grave", garantindo que desconhecia as circunstâncias em que o professor de História e Geografia, Samuel Paty, foi morto - por exibir caricaturas do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão..A jovem, proveniente de uma família muçulmana que fugiu da violência na Argélia, explicitou que não tinha nada contra o modo como o docente lecionava as aulas e que "vive a religião em casa"..A advogada da arguida defendeu que a estudante é uma "jovem bem inserida" na sociedade, que não tem por hábito ver as notícias e, por isso, não sabia as circunstâncias em que Samuel Paty morreu..(R) Monsieur Paty, professor, 47 anos, "mártir da República" executado na via pública .A jovem, prosseguiu a advogada, deparou-se com um "vídeo dos pais de um aluno", que denunciava a utilização de caricaturas de Maomé pelo professor. "Imediatamente, ela fez o comentário, sem procurar informações, reagiu a quente" nos 'social media', sustentou..Samuel Paty, de 47 anos, lecionava as disciplinas de História e Geografia em Conflans-Sainte-Honorine, nos arredores de Paris (França), e foi decapitado na passada sexta-feira por Abdullakh Anzorov, um refugiado de origem russa e chechena de 18 anos..O pai de uma aluna de Samuel Paty e o pregador islâmico Abdelhakim Sefrioui estão acusados de "cumplicidade em homicídio terrorista"..(R) Pai de aluna teria ligações ao assassino do professor Paty.Outras cinco pessoas estão também formalmente acusadas, incluindo dois menores que terão identificado a vítima ao homicida, a troco de dinheiro, mas ficaram em liberdade sob custódia judicial..Presos preventivamente estão ainda dois amigos do agressor, identificados como Naim B. e Azim E., indiciados com a mesma acusação, assim como de uma terceira pessoa próxima, Yussuf C., que incorre num crime de "conspiração terrorista" com vista à "execução de crimes contra pessoas"..Detido a aguardar pelo interrogatório sobre este crime encontra-se o pai da aluna, Brahim Chnina, que terá iniciado nas redes sociais uma campanha contra o professor e contra a decisão do docente de mostrar as caricaturas do profeta Maomé durante as aulas.