Estados Unidos têm novo teste de rastreio para a covid que utiliza a saliva

Este exame vem diminuir as dificuldades na procura de reagentes, aumentando assim a capacidade de testagem do país.
Publicado a
Atualizado a

A autoridade norte-americana do medicamento aprovou, este sábado, um novo teste de rastreio à covid-19 que utiliza a saliva como amostra para detetar a infeção pelo novo coronavírus. O principal objetivo será aumentar a oferta de exames disponíveis.

"O teste SalivaDirect que deteta rapidamente a infeção por SARS-CoV-2 é mais uma inovação que irá reduzir a procura dos testes, que começam a ser escassos", explicou o secretário de estado adjunto da saúde e coordenador do processo de testagem à covid-19, o almirante Brett P. Giroir.

O novo exame evita assim a procura por reagentes específicos, que nem sempre estão disponíveis nas quantidades necessárias. Nem sequer requer algum tipo de equipamento de colheita especial, exigindo apenas um recipiente estéril para recolher a amostra biológica. A análise poderá também ser realizada pela maioria dos laboratórios por não ser tão complexa quanto a dos testes PCR [os exames de rastreio mais comuns que utilizam uma zaragatoa para ir até ao fundo da garganta].

De acordo com o responsável pelos exames da covid nos Estados Unidos, o aumento de testes de rastreio só tem sido possível devido "à experiência técnica da FDA (sigla em inglês da autoridade norte-americana dos Alimentos e Drogas) e à redução das barreiras de regulação".

O exame foi criado pela Escola de Saúde Pública da Universidade norte-americana de Yale e conseguiu uma autorização da FDA, este sábado, informou a entidade reguladora do medicamento no seu site na Internet. Onde é divulgado também que instituição está disponível para partilhar o protocolo SalivaDirect com os laboratórios interessados.

Este é o quinto teste de rastreio que utiliza a saliva aprovado pela autoridade do medicamento norte-americana. Este género de exames pressupõem uma diminuição do desconforto do paciente e do risco para os profissionais de saúde que os fazem, uma vez que não precisam de estar tão próximos ou até de ser eles a colher a amostra.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt