Descontaminar após cada viagem e um banco de intervalo. As regras da DGS para o transporte de crianças
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou esta quinta-feira o manual "Saúde e Atividades Diárias", no qual são apresentadas as medidas de prevenção e controlo da covid-19 em estabelecimentos de ensino, nomeadamente no regresso às aulas presenciais do 11.º e do 12.º ano e nas creches e amas.
De acordo com o manual, os alunos devem ser organizados em grupos, que devem ter, na medida do possível, horários de aulas, intervalos e refeições organizados de forma a evitar o contacto com os restantes grupos.
Para evitar um maior cruzamento de pessoas, "devem ser definidos circuitos de entrada e saída de aula para cada grupo e cada sala deve ser, sempre que possível, utilizada pelo mesmo grupo de alunos", lê-se no documento..
O manual indica que os espaços que não são necessários à atividade letiva devem ser encerrados.
Dentro da sala de aula:
"Garantir a maximização do espaçamento entre alunos e alunos/docentes, mantendo a distância mínima de 1,5 a 2 metros, e virar as secretárias todas para o mesmo lado", são as indicações da DGS.
Toda a comunidade escolar deve cumprir as medidas de distanciamento, higiene pessoal e ambiental, "bem como usar máscara durante toda a atividade letiva", elenca a DGS.
É ainda recomendada "a higienização das mãos à entrada e saída do recinto e que sejam mantidas abertas as portas de acesso".
Entre as medidas que já são conhecidas - e que foram sendo divulgadas antes da reabertura das creches e das escolas - o manual elenca mais detalhes, nomeadamente no que diz respieto aos refeitórios e ao transporte.
• A deslocação para a sala de refeições deve ser desfasada para diminuir o cruzamento de crianças, ou em alternativa deve considerar fazer as refeições na sala de atividades;
• As crianças devem lavar as mãos antes e depois das refeições
• Os lugares devem estar marcados para assegurar o máximo de distanciamento físico possível;
• Deve ser realizada a adequada descontaminação das superfícies utilizadas entre trocas de turno (mesas, cadeiras de papa, entre outras).
O manual apresenta também os procedimentos a adotar em creches e amas, como "a maximização do espaçamento entre crianças, incluindo no período de refeições, a organização das crianças e educadores em salas fixas e a entrega das crianças à porta da instituição".
Na sala de atividades, cada criança deve usar sempre o mesmo berço ou espreguiçadeira e, quando se sentam ou circulam no chão, devem deixar o calçado à entrada.
Aos pais ou encarregados de educação pode ser solicitado que levem um par de calçado extra.
As escolas devem assegurar:
• Estruturas para a lavagem das mãos com água e sabão líquido;
• Toalhetes de papel (deve ser evitado o uso de toalhas de tecido);
• Dispensadores de solução à base de álcool com concentração de 70% (um por sala e em locais estratégicos como por exemplo no início da fila dos refeitórios);
• Contentores próprios para a colocação de lixo e restantes resíduos;
• Cartazes informativos com as medidas preventivas;
• As casas de banho devem ser mantidas limpas e arejadas, e organizados os horários de limpeza e descontaminação, de acordo com a utilização e condições de higiene.
• Sempre que possível, deve ser privilegiado o transporte individual das crianças pelos encarregados de educação ou pessoa por eles designada;
Caso a creche disponha de transporte coletivo de crianças, este deve assegurar:
• Cumprimento do intervalo e da distância de segurança entre passageiros (exemplo: um por banco);
• Redução da lotação máxima de acordo com a legislação vigente;
• Disponibilização de solução à base de álcool (70% concentração) à entrada e saída da viatura;
• Descontaminação da viatura após cada viagem.