Elisa Ferreira. Funções do marido na CCDR-N não são problema

Os eurodeputados dão oito dias a Elisa Ferreira para enviar os "esclarecimentos adicionais", para que a audição parlamentar da comissária indigitada possa ser autorizada pela Comissão de Assuntos Jurídicos.
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Os eurodeputados deixaram cair a questão das potenciais incompatibilidades relacionadas relacionadas com as funções do marido de Elisa Ferreira, por considerarem que não há relação entre o cargo de Fernando Freire de Sousa, na CCDR-Norte, e o futuro cargo de Elisa Ferreira na Comissão Europeia, na pasta da Coesão e Reformas, disse ao DN fontes do Parlamento Europeu.

Porém, à semelhança do que aconteceu com outros três deputados, a Comissão de Assuntos Jurídicos identifica uma possível incompatibilidade, pela posse de ações em empresas que contam do registo de Lobo, em Bruxelas. No caso da futura comissária portuguesa estão em causa um conjunto de ações da Sonae.

De acordo com as regras do Parlamento Europeu, "se, com base na declaração de interesses financeiros ou nas informações complementares prestadas pelo comissário indigitado, a comissão competente para os assuntos jurídicos identificar um conflito de interesses, elabora recomendações para pôr termo ao conflito de interesses".

Estas recomendações podem incluir, por exemplo "a renúncia aos interesses financeiros em causa", como, alias, Elisa Ferreira já tratou de fazer, vendendo hoje mesmo as ações que detinha.

Elisa Ferreira já contactou os serviços da Comissão Europeia para dar conta desse potencial conflito. E, até ao dia 27 deverá enviar os esclarecimentos pedidos pela comissão parlamentar de Assuntos Jurídicos, para que possa receber luz verde para a audição que está agenda para 2 de outubro, entre as 18h30 e as 21h30.

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