DSK foi ilibado de proxenetismo, mas voltar à política é impossível... para já

Caído em desgraça em 2011, o ex-diretor do FMI livrou-se do último processo judicial. Mas se ninguém o questiona como economista, a imagem como homem parece irrecuperável.
Publicado a
Atualizado a

Foi com um breve sorriso de alívio que Dominique Strauss-Kahn ouviu o juiz do tribunal de Lille ler o veredicto: foi ilibado das acusações de proxenetismo agravado no chamado caso Carlton. O francês, antigo diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), livrou-se assim do último processo judicial. Mas aos 66 anos, o ex-ministro socialista - cuja detenção por suspeita de violação em Nova Iorque em 2011 acabou com as ambições presidenciais - estará a pensar regressar à política? Amigos e especialistas duvidam: se a sua imagem como economista escapou ilesa, a imagem como homem parece manchada para sempre.

"DSK não vai voltar a cair no caldeirão da política", garantiu à televisão BFMTV Ivan Levaï, colaborador do ex-diretor do FMI e também ex-marido da ex-mulher deste, a jornalista Anne Sinclair. Para Levaï, é verdade que o ex-ministro "vai começar um a nova vida", mas será sempre lembrado "como um libertino".

Opinião semelhante tem Christian Delporte, o historiador e autor do livro Come Back, ou a Arte do Regresso à Política, que explicou ao Le Figaro: "A história política de DSK terminou num dia de 2011, num hotel de Nova Iorque." A 14 de maio desse ano, a polícia americana retirou o então diretor do FMI do avião que o ia levar para Paris. Acusado de violação por uma empregada do Sofitel, as imagens do francês algemado e ladeado por agentes que o levaram para a prisão de Rickers Island correram mundo. DSK acabou por chegar a acordo com Nafissatou Diallo para uma indemnização, mas teve de se demitir do FMI.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt